Ciclones, furacões, tornados e tufões são fenômenos atmosféricos poderosos que causam muita destruição. Mas a diferença entre eles está na pressão, localização geográfica, escalas de força, velocidade do vento, temperatura da água do mar, assim como no tempo de duração. Em comum? Todos são resultados de movimentos de ar na atmosfera em grandes velocidades.
Tornado
O tornado é um movimento giratório de ar que ocorre em uma área menor e mais localizada. Por essa razão, ele é mais visível também. Seu formato de funil, característico, é assim denominado apenas quando toca o solo.
Ele nasce quando grandes nuvens de tempestade (super células) se formam devido à diferença de pressão atmosférica. Por sua vez, a diferença de pressão atmosférica ocorre quando duas massas de ar, uma muito fria e seca e outra muito quente e úmida, se chocam.
A velocidade do tornado pode variar de 100 a 500 quilômetros por hora, sendo que seu diâmetro pode ter de 100 metros a 2 quilômetros. Contudo, sua duração é breve. A força de um tornado é medida em uma escala de F0 a F5. Ou seja: da mais fraca para a mais poderosa.
O tornado é mais difícil de ocorrer. Mas, quando ocorre, pode ser muito devastador.
Ciclone
O ciclone também nasce da circulação giratória do ar. Mas ele abrange uma área muito maior do que o tornado e pode se formar tanto no mar quanto no solo. Devido ao seu imenso tamanho, apenas satélites conseguem captar toda a sua dimensão. A velocidade pode passar de 300 quilômetros por hora e ele durar vários dias.
É dividido em duas categorias: tropical e extratropical.
- O ciclone tropical é formado nos trópicos e se alimenta da evaporação da água do mar quando atinge uma temperatura de 27º Celsius.
- O ciclone extratropical nasce fora dos trópicos e é formado pela diferença extrema entre temperaturas. Isso acontece quando o vapor do mar, muito quente, se choca com uma atmosfera muito fria. A circulação do ar se dá quando o vapor que tem baixa pressão sobe e o ar frio que tem alta pressão desce. Assim, quando a diferença entre as temperaturas muito altas e muito baixas aumenta, forma-se a chamada área de convecção. Ali, a velocidade dos ventos é muito maior. Então, o que era uma tempestade se transforma em ciclone extratropical.
No Brasil, ocorre o ciclone extratropical, o ciclone bomba. Apesar do nome, ele tem uma intensidade menor que os ciclones tropicais.
“O furacão é um ciclone tropical e geralmente ele é muito mais forte, causa muito mais chuvas e muito mais estragos. O ciclone extratropical é relativamente comum de acontecer no Brasil, principalmente no sul do país”, explicou o professor de Geografia Ricardo Marcílio em vídeo no YouTube.
Furacão
O furacão é um subtipo de ciclone tropical que ocorre no Atlântico Norte e no nordeste do Pacífico. Ele se caracteriza por ventos fortes com velocidade acima de 119 quilômetros por hora e um olho central calmo e de baixa pressão. Os ventos giram em torno desse centro.
A diferença entre os ciclones e os furacões que se formam no Golfo do México, no Caribe e Estados Unidos é a velocidade maior dos ventos dos furacões. Isso porque, nessas regiões, a temperatura da água é maior, o que acarreta uma diferença muito grande entre as pressões atmosféricas.
Para se ter uma ideia do tamanho de um furacão, ele pode chegar a 1.500 quilômetros de extensão. Somente seu centro, ou olho, pode chegar a ter 35 quilômetros de largura.
A velocidade dos ventos dentro do furacão varia do centro para a extremidade. Quanto mais centrais, menores são suas velocidades. Nos extremos, os ventos podem atingir até 360 quilômetros por hora.
Tufão
Tão poderoso quanto o furacão, o tufão também é um ciclone tropical. A única diferença entre eles é a localização de ocorrência. Os tufões ocorrem no noroeste do Pacífico, mais especificamente ao sul da Ásia e na porção ocidental do Oceano Índico. Exemplos: Japão, China e Filipinas.