Sabe aquelas pessoas que parecem viver no mundo da lua? Isso pode ser positivo! Enquanto pensamos alto, o nosso cérebro se dedica a organizar e selecionar memórias de longo prazo. Portanto, sonhar acordado faz bem.
É o que mostra um estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, o nosso cérebro espera por um momento em que não existe nada urgente para fazer uma verdadeira limpeza nas nossas memórias.
Isso acontece enquanto realizamos uma pausa e dormimos. Mas também quando alguém parece sonhar acordado. Nossa mente reproduz novas memórias que fazem associações com as que já estavam ali. São as chamadas “memórias de longo prazo”.
Inversamente, quando estamos atentos e conscientes, o objetivo do nosso cérebro é solucionar problemas e ter atenção ao que estamos desempenhando no dia a dia.
Por exemplo: alunos que aprendem mais rapidamente uma determinada matéria podem parecer distraídos durante a aula. Mas, na verdade, seus cérebros estão dedicados a outros raciocínios e pensamentos.
Associações
No estudo, os pesquisadores mostraram cartões com imagens e palavras para os participantes. Alguns, com tempo suficiente para que a memória consciente fosse ativada.
Outras palavras e objetos apareciam na tela rapidamente e só poderiam ser registrados pela memória inconsciente. Depois, todos os participantes realizaram um pequeno intervalo. Então foram questionados sobre as palavras, bem como sobre as posições dos objetos nos cartões.
Os lembretes registrados de forma inconsciente tiveram melhores resultados em suas associações. Assim, isso indica que, quando uma memória é recuperada de forma consciente, existe um processo competitivo no cérebro. E uma fica mais forte, enquanto as outras enfraquecem
“Esta pesquisa oferece uma nova compreensão de como a transferência de novas experiências para a memória de longo prazo ocorre predominantemente quando nossos cérebros estão dormindo ou sonhando acordado. O processamento inconsciente é realmente melhor do que o processamento consciente”, disse Amir Tal, coautor do artigo.