
A construção de resiliência comunitária é um caminho para o fortalecimento da sustentabilidade social. Afinal, quando há coesão social e participação dos cidadãos, mais fácil será a adaptação às mudanças. Além disso, haverá mais integração de conhecimentos tradicionais e científicos que podem fortalecer a sociedade para tempos de crise.
O que é resiliência comunitária?
Resiliência comunitária é a capacidade que grupos sociais têm de se adaptar e transformar diante de adversidades. Essa abordagem enfatiza não apenas a recuperação após eventos adversos, mas também a preparação e a prevenção. Dessa maneira, permite que as comunidades se reinventem e fortaleçam suas estruturas sociais.
Por meio do empoderamento dos cidadãos e da promoção de redes de solidariedade, é possível diminuir os impactos negativos de crises, construindo um ambiente mais justo e sustentável.
Participação e engajamento social
Um dos pilares para o desenvolvimento de comunidades resilientes é a participação ativa dos seus membros. Quando cidadãos se envolvem na tomada de decisões, seja através de conselhos, assembleias ou outras formas de organização, eles contribuem para a criação de políticas públicas que atendem às necessidades locais. Esse processo colaborativo fortalece a identidade e o senso de pertencimento, elementos fundamentais para a coesão social.
O engajamento social acontece “quando toda a rede consegue ser atingida e transformada”, diz a engenheira elétrica e de produção Amanda Teixeira em vídeo do TED Talks. A troca de experiências entre os membros da comunidade também potencializa a capacidade de inovação e adaptação frente às mudanças.
A integração de conhecimento tradicional com práticas inovadoras, por exemplo, tem sido de grande importância na gestão de recursos naturais e na mitigação dos impactos das mudanças climáticas. Afinal, ela promove uma sustentabilidade que vai além do aspecto ambiental e incorpora dimensões sociais e culturais.
Educação e desenvolvimento de competências
A educação desempenha um papel essencial na construção de comunidades resilientes. Programas educativos que incentivem a consciência ambiental, o pensamento crítico e a resolução de problemas são fundamentais para formar cidadãos capazes de atuar de maneira proativa em situações de crise.
A disseminação de informações e a promoção de debates sobre desafios locais e globais fortalecem a capacidade de adaptação e a tomada de decisões fundamentadas (UNESCO, 2017).
Assim, investir na capacitação e no desenvolvimento de competências também permite que as comunidades aproveitem melhor seus recursos locais, criando soluções culturais adequadas e sustentáveis a longo prazo.
Essa abordagem holística contribui para a construção de um tecido social mais robusto e resiliente, onde a educação se torna um vetor de transformação social.