Por que amamos tanto os animais de estimação?

Contato libera ocitocina, ‘hormônio do amor’, e estreita relações

Redação FamiliarIdades
Animais de estimação aumentam as nossas concentrações de ocitocina. Foto: Getty Images.
Animais de estimação aumentam as nossas concentrações de ocitocina. Foto: Getty Images.

A troca de olhares entre uma pessoa e o cachorro da família diz muito sobre o que sentimos pelos nossos pets. Pois é no afeto diário que conseguimos liberar mais ocitocina, o famoso hormônio do amor. Isso amplia consideravelmente o apego que sentimos por nossos animais de estimação. 

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Azabu, no Japão, revelou que quando trocamos olhares com os cachorros, liberamos mais ocitocina. Algo semelhante ao que acontece entre mães e bebês no momento da amamentação

Segundo os pesquisadores, o mesmo não ocorre com os lobos, por exemplo. Isso quer dizer que, ao longo da história, construímos uma relação de afeto com os animais de estimação. Afinal, é uma amizade que começou há cerca de 20 mil anos, quando os humanos começaram a domesticar os caninos.

“Modos de comunicação semelhantes aos humanos, incluindo olhar mútuo, podem ter sido adquiridos durante a domesticação. Então, mostramos que o comportamento de olhar dos cães aumentou as concentrações de ocitocina nos tutores, o que consequentemente facilitou a afeição e aumentou a concentração de oxitocina também nos cães”, explicam os pesquisadores.

Uma relação que faz bem para a saúde

Mas ter a companhia dos pets também faz bem ao coração. Estudos comprovam que a relação ajuda a diminuir problemas cardíacos, reduzir a pressão, bem como reforça o sistema imunológico. Além disso, reduz sintomas de ansiedade e depressão. 

“Quando as pessoas convivem com os animais no seu dia a dia, muitas doenças psicológicas, como ansiedade e depressão, são beneficiadas por essa relação. Há relatos de diminuição de sintomas negativos de esquizofrenia. Alguns estudos apontam para a diminuição do estresse nos procedimentos médicos, a melhora do equilíbrio físico e do desempenho motor”, afirma Naila Fukimoto, doutoranda em comportamento animal do Instituto de Psicologia da USP, em entrevista à Rádio USP.

Link copiado