Quando os portugueses chegaram ao Brasil, a riqueza da fauna e da flora logo chamou a atenção. O pau-brasil, com seu interior avermelhado, se transformou rapidamente no principal objetivo de exploração do País. Estima-se que mais de 500 mil toras foram retiradas e enviadas à Europa.
A árvore, inclusive, chegou a ser considerada extinta, mas foi encontrada novamente em Pernambuco, em 1928. Hoje, as árvores nativas se concentram no Nordeste, embora ainda sejam ameaçadas pelo comércio internacional.
O que torna essa árvore tão especial? A madeira do pau-brasil é muito resistente e foi utilizada na fabricação de móveis, violinos e na construção civil e naval em todo o mundo. É possível encontrar essas madeiras em móveis e decoração de igrejas europeias.
Mas foi um subproduto da madeira que impulsionou a primeira fase da exploração da árvore: o corante vermelho. Como a cor representava riqueza e status, e conseguir a tonalidade não era tarefa fácil, a árvore serviu para que a nobreza pudesse usar como tintura de roupas.
Em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou o pau-brasil como árvore nacional.
Fatos sobre o pau-brasil
- O pau-brasil é a madeira símbolo do País.
- O extrativismo durou até 1875, com exportação do pau-brasil para a fabricação de corantes, construção naval e marcenaria de luxo.
- Sua coloração vermelho-fogo era utilizada no tingimento de linhos, sedas e algodão nas cortes europeias.
- O pau-brasil é protegido por uma portaria exclusiva (clique aqui)
- A madeira é pesada, lisa e dura e resistente a organismos xilófagos (insetos que se alimentam de madeira).
- A madeira do pau-brasil é considerada uma das melhores para a fabricação de arcos de violino e outros instrumentos musicais.