Um passeio no parque não é apenas uma atividade de lazer, mas um investimento na relação entre pai e filha. A presença e o envolvimento do pai na vida da criança são fundamentais para o desenvolvimento emocional e para a construção de um laço afetivo forte e duradouro.
Um estudo recente da Universidade de Essex, Reino Unido, revela que atividades físicas compartilhadas, como caminhar no parque, podem melhorar o relacionamento entre pais e filhas. A pesquisa aponta que, embora as filhas sempre tenham buscado proximidade emocional, os pais começaram a valorizar esse vínculo apenas recentemente.
O autor do estudo, John Day, da Escola de Saúde e Assistência Social da universidade, diz: “Minha pesquisa mostra que as filhas sempre procuraram uma maneira de se aproximar de seus pais, mas apenas recentemente isso se tornou mais um foco para os pais”.
As atividades físicas servem como um meio confortável para criar conexão emocional. Segundo Day, é uma maneira de reforçar a identidade paterna de forma confortável, em função do ambiente.
Diferença entre gerações
A pesquisa mostra que há diferenças entre gerações. Os pais de filhas nascidas na década de 1950 eram vistos principalmente como provedores e um pouco distantes. Já aqueles que viraram pais de filhas nas décadas de 1980 e 1990 se envolviam mais emocionalmente com elas.
“Os principais fatores associados à paternidade que permitiram essa transformação são o aumento da proeminência dos ideais de paternidade e a atividade física se tornando uma prática parental e relacionada à saúde, que os pais se sentem à vontade para realizar e falar a respeito”, explicou Day.
Seja como for, a memória de atividades conjuntas de exercício ou lazer, como nadar ou andar de bicicleta com os pais, melhora a relação dos pais com as filhas. Mas o estudo também mostra que isso acontece quando não há competição envolvida. Esses momentos devem, em primeiro lugar, criar uma base emocional forte que ajudará a manter a relação próxima ao longo dos anos.
