Como o isopor afeta o meio ambiente? Ele pode ser reciclado?

Apesar das vantagens práticas, material demora a se decompor

Redação FamiliarIdades
Por ser volumoso e leve, o isopor ocupa muito espaço em aterros sanitários, o que dificulta sua gestão. Foto: Getty Images.
Por ser volumoso e leve, o isopor ocupa muito espaço em aterros sanitários, o que dificulta sua gestão. Foto: Getty Images.

O isopor, ou poliestireno expandido (EPS), impacta significativamente no meio ambiente por causa da baixa biodegradabilidade. Mesmo assim, é amplamente usado em embalagens, utensílios descartáveis, bem como na construção civil devido à sua leveza, ao baixo custo e capacidade de isolamento térmico.

Contudo, apesar de suas vantagens práticas, prejudica a natureza devido ao seu tempo de decomposição e sua fragmentação em microplásticos, inimigos da fauna e dos ecossistemas. Além disso, por ser volumoso e leve, o isopor ocupa muito espaço em aterros sanitários, o que dificulta sua gestão.

Dificuldade de decomposição do isopor

O isopor é extremamente resistente à decomposição. Assim, o material pode levar centenas de anos para se degradar completamente. Isso contribui para o acúmulo de resíduos nos ecossistemas naturais, especialmente em aterros sanitários e nos oceanos. 

Poluição nos oceanos

O isopor é um dos principais poluentes encontrados nos oceanos. Como ele é leve e flutua facilmente, muitas vezes é levado por ventos ou águas pluviais para os corpos d’água. 

Estima-se que, anualmente, cerca de 8 milhões de toneladas de plásticos, incluindo isopor, sejam despejadas nos oceanos. Esse material acaba se acumulando em praias, matando animais marinhos que ingerem ou ficam presos aos pedaços de isopor. 

A ingestão de partículas de poliestireno pode causar bloqueios intestinais, desnutrição e até a morte de muitas espécies de peixes e aves.

Impacto na fauna

Quando os animais marinhos ingerem fragmentos de isopor, eles podem confundir esses pedaços com alimento. Além disso, o isopor pode liberar substâncias químicas tóxicas, como o estireno, que afetam a saúde dos organismos. 

Estudos indicam que esses produtos químicos podem se acumular na cadeia alimentar, Dessa forma, afetam espécies que consomem os animais contaminados, inclusive os seres humanos.

Produção e recursos naturais

A produção de isopor também tem um custo ambiental significativo. O poliestireno é derivado do petróleo, um recurso não renovável, e sua fabricação exige grandes quantidades de energia e emissões de gases de efeito estufa. 

Além disso, a extração de petróleo e o processamento do material contribuem para a degradação ambiental e as mudanças climáticas.

Alternativas mais sustentáveis

Diversas alternativas ao isopor estão sendo desenvolvidas para reduzir os impactos ambientais. Por exemplo: materiais biodegradáveis, como o amido de milho, o papel reciclado e os plásticos de fontes renováveis. 

Alguns produtos, como embalagens e utensílios descartáveis, já estão sendo feitos a partir de polietileno ou polipropileno. Embora não ideais, esses materiais são mais recicláveis e menos prejudiciais que o isopor.

Reciclagem do isopor

O isopor é 100% reciclável. Entretanto, a reciclagem desse material enfrenta desafios logísticos devido ao seu baixo peso e ao alto volume.

Ele pode ser reciclado mecanicamente, sendo transformado em novos produtos, como molduras, materiais de construção e até insumos para energia térmica.

Algumas cidades e empresas têm implementado programas de reciclagem de isopor, ao promover a conscientização e o descarte adequado.

A redução do uso de isopor, o aumento da conscientização sobre o descarte correto e a promoção de alternativas ecológicas são passos cruciais para mitigar os danos ao meio ambiente. 

Link copiado