Evitar-mudar-melhorar: ações em casa para um futuro sustentável

Cabe a cada um colaborar com a redução do efeito estufa

Redação FamiliarIdades
Ações realizadas dentro de casa podem ter um impacto significativo para a promoção de um futuro mais sustentável. Foto: Getty Images.
Ações realizadas dentro de casa podem ter um impacto significativo para a promoção de um futuro mais sustentável. Foto: Getty Images.

Embora políticas públicas e acordos internacionais sejam fundamentais, pequenas ações realizadas em casa podem ter um impacto significativo para a promoção de um futuro mais sustentável.

Portanto, cabe a cada pessoa colaborar com a redução do efeito estufa – um dos principais fatores do aumento da temperatura global. Para isso, basta adotar estilos de vida de baixo carbono.

Estilo de vida de baixo carbono

São várias as ações que podem ser adotadas em casa, ao seguir a tríade ‘evitar-mudar-melhorar’.Por exemplo: reduzir o consumo de energia elétrica e água, evitar desperdício de alimentos, assim como optar por transportes mais sustentáveis.

Mas a transição para um estilo de vida de baixo carbono requer uma orientação mais holística dos consumidores. Dessa maneira, eles podem desenvolver ações de redução absoluta (evitar), mudança de padrão de consumo (mudar) e melhoria da eficiência (melhorar).

Segundo um estudo da University de Birmingham, na Inglaterra, o impacto de 21 tipos de gastos sustentáveis, se adotados por 23,7% dos principais emissores domésticos, causaria uma redução  da emissão de 10,4 gigatoneladas (10 bilhões e 400 milhões de toneladas) de gás carbônico na atmosfera. 

O estudo analisou 116 países responsáveis por 40,1% das emissões domésticas de gases de efeito estufa.  Os principais setores onde as mudanças de consumo resultaram em grandes reduções foram o de mobilidade, ou seja, no transporte privado, e o de serviços de energia e consumo de água. 

“Nosso estudo mostra que a adoção de estilos de vida de baixo carbono pode desempenhar um papel fundamental na mitigação das mudanças climáticas. Ao visar famílias com altas emissões, podemos alcançar reduções significativas de carbono e nos aproximar de nossas metas climáticas globais”, afirmou o pesquisador Yuli Shan, autor do artigo.

No entanto, os efeitos ‘rebote’ – como o aumento de gastos em outras áreas após economias iniciais – podem compensar entre 6,5% e 45,8% das economias de carbono esperadas.

Exemplos de ações de baixo carbono

Aqui estão algumas ações de baixo carbono que podem contribuir para essa redução:

  • Redução do uso de serviços comerciais. Diminuir o consumo de serviços que demandam alta energia pode reduzir as emissões em 10,9%.
  • Mudança para uma dieta saudável. Evitar alimentos de origem animal, açúcar e produtos ultraprocessados pode diminuir a pegada de carbono em 8,3%.
  • Eficiência energética em construções. Implementar padrões de construção sustentáveis pode resultar em uma redução de 6 % nas emissões.
  • Uso de transporte público em vez de veículos particulares. Essa mudança pode reduzir as emissões em 3,6%.
  • Compartilhamento e reparo de eletrodomésticos. Em vez de descartar e comprar novos aparelhos, podemos optar por consertá-los, o que ajuda a reduzir as emissões em 3%.

Também, os pesquisadores identificaram que mudanças nos padrões de consumo relacionadas à mobilidade e aos serviços são os setores mais promissores, contribuindo com 11,8% e 10,2% das reduções de emissões, respectivamente. 

Além disso, o estudo sugere que, ao incentivar famílias de alta emissão a adotarem esses hábitos, podemos alcançar reduções significativas no impacto ambiental, pois isso colabora para alcançar a meta global necessária para ficar abaixo de 2ºC.

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