Temos momentos alegres na vida, como passeios em dia de sol ou em brincadeiras com a família. Contudo, manter um estado de espírito constantemente positivo parece irreal. Só que, de acordo com a Ciência, ser plenamente feliz é possível.
Um estudo realizado por uma equipe da Universidade de Bristol, no Reino Unido, mostra que a felicidade pode ser aprendida. Para isso, devemos trabalhar certos hábitos para prolongar o bem-estar em longo prazo.
Estudo sobre a felicidade
O recente estudo é consequência de um outro anterior, realizado pela mesma equipe. Na ocasião, os pesquisadores observaram que o bem-estar de alunos de graduação aumentava conforme eles aprendiam sobre a felicidade a partir de dados científicos.
No trabalho atual, a equipe descobriu que o bem-estar sentido pelos alunos era de curta duração. Mais: que essa sensação podia ser prolongada através de alguns hábitos, como exercícios diários de gratidão, meditação e escritas em diários.
“É como ir à academia: não podemos esperar fazer uma aula e estar em forma para sempre. Assim como na saúde física, temos que trabalhar continuamente nossa saúde mental, caso contrário, as melhorias são temporárias”, explicou Bruce Hood, autor sênior do estudo.
Os alunos que mantiveram o aprendizado relataram que melhoraram seu bem-estar mesmo depois de dois anos.
“Este estudo mostra que apenas fazer um curso – seja na academia, em um retiro de meditação ou em um curso de felicidade baseado em evidências como o nosso – é apenas o começo. Você deve se comprometer a usar o que aprende regularmente”, afirmou Hood.
Curso de felicidade
Em 2018, a Universidade de Bristol inaugurou um curso de felicidade para ensinar a seus alunos o que promove a felicidade realmente. Os estudantes são acompanhados por professores mesmo depois de terem concluído o curso.
Os tópicos abordados incluem a natureza da felicidade e até que ponto a biologia e o ambiente desempenham um papel na experiência individual. O curso apresenta informações sobre papel dos genes, vieses cognitivos, raciocínio distorcido, mecanismos cerebrais, resolução de problemas e a importância da conexão social.
