Cores: homens e mulheres enxergam de forma diferente?

Percepções podem estar relacionadas aos hormônios, mas não apenas

Redação FamiliarIdades
Homens percebem menos nuances de cores que as mulheres. Foto: Getty Images.
Homens percebem menos nuances de cores que as mulheres. Foto: Getty Images.

Já notou que as mulheres percebem várias tonalidades nas cores enquanto os homens costumam enxergar apenas uma? Elas são boas nas nuances, enquanto eles enxergam com mais clareza objetos em movimento e em grandes distâncias.

Essa é a conclusão de um estudo coordenado por Isaac Abramov, professor de psicologia do Brooklyn College, nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, diferenças na forma como enxergamos podem estar ligadas à ação de um hormônio nos neurônios do córtex visual do cérebro. 

“Nossa hipótese é que a testosterona desempenha um papel importante, de alguma forma levando a diferentes conectividades para homens e mulheres”, afirmaram os pesquisadores. 

Em outra frente realizada pela mesma equipe, os cientistas identificaram que os homens detectam melhor detalhes de imagens em movimento. Por exemplo: eles tendem a notar um avião no horizonte antes das mulheres. 

Mas não é só isso

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego, também nos EUA, dizem que as explicações para diferenças na experiência de cor podem estar em diversos níveis, inclusive nos padrões de socialização.  

“Os homens têm menos acesso ao léxico de cores e estão menos sintonizados com as visões consensuais sobre a semântica das cores”, afirmam os autores do estudo. Em outras palavras: eles percebem menos as tonalidades porque não foram suficientemente estimulados em termos de linguagem. 

E o daltonismo?

Daltonismo é uma doença relativamente comum que atrapalha ou até impede de enxergar algumas tonalidades de cores. Mais de 90% dos casos ocorrem em homens, segundo o Ministério da Saúde. Em casos muito raros, a pessoa enxerga apenas branco e preto. 

Não há tratamento. Geralmente, o diagnóstico é feito ainda na infância, quando os pais ou professores percebem que a criança usa cores pouco convencionais para representar objetos ou a natureza. 

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