Adoção pet: como ser uma ‘família multiespécie’

Escolher um pet requer uma avaliação criteriosa de gastos e tempo disponível

Redação FamiliarIdades
O Instituto Ampara Animal recomenda a adoção apenas de cães e gatos para o convívio doméstico. Foto: Getty Images.
O Instituto Ampara Animal recomenda a adoção apenas de cães e gatos para o convívio doméstico. Foto: Getty Images.

A chegada de um animal em nossas vidas pode trazer amor, mas também muitos desafios. Assim, é importante fazer uma adoção de pet responsável. Isso garante a segurança e acolhimento do bichinho, como explica a presidente do Instituto Ampara Animal, Juliana Camargo.

“Trazer uma vida para o seu seio familiar é uma decisão superimportante. Por isso, a gente sempre fala da guarda responsável, tomar a decisão de forma consciente”, diz Juliana.

Pois uma decisão bem planejada evita transtornos a médio e longo prazo, como o abandono desses animais. Não há dados oficiais sobre o tema, mas o Instituto Ampara Animal estima que 20% dos bichos de estimação adotados são abandonados pelos tutores em algum momento da vida.

A pandemia agravou a situação. Muitas pessoas recorreram aos animais para ajudar a lidar com o isolamento social durante o enfrentamento à Covid-19. Contudo, elas devolveram os bichinhos quando a situação sanitária foi flexibilizada. Segundo a entidade, os abandonos aumentaram cerca de 30% após a retomada das atividades econômicas.

“Um animal demanda tanto psicologicamente quanto financeiramente, além de tempo. Então, é muito importante que seja muito bem pensado, estudado, conversado, para que não exista dúvidas sobre a chegada desse animal e a responsabilidade que temos até o final da vida dele”, afirma a presidente do Ampara Animal.

Veja dicas de como conduzir uma adoção de pet responsável:

  • Pense bastante. Antes de adotar um animal, reflita sobre a decisão. Leve em consideração o aumento de gastos com a chegada do bichinho. Além disso, considere que você precisará reservar um tempo do seu dia a dia dedicado a ele. Caso haja outros moradores na casa, a decisão também deve ser discutida em conjunto.
  • Cães e gatos. O Instituto Ampara Animal recomenda a adoção apenas de cães e gatos para o convívio doméstico. Contudo, na avaliação da entidade, os outros animais não deveriam estar no dia a dia dos humanos, mas, sim, no habitat natural.
  • Prepare o ambiente. Antes mesmo de levar o animal até sua casa, planeje o ambiente de forma adequada para o novo bichinho de estimação. Então, instale telas de proteção nas janelas e saídas, para evitar fugas, assim como outros incidentes. No caso de casas amplas com acesso fácil a áreas externas, também fique atento à altura dos muros.
  • Casa ou apartamento? Não faz muita diferença para o animal adotado. O que vai definir a saúde física e mental dele é o dia a dia como novo membro da família. Se você vive em uma quitinete, por exemplo, é importante passear algumas vezes ao dia com o cachorro, já que o espaço é pequeno. Isso deve evitar que ele fique ansioso e estressado. Porém, no caso dos gatos, basta enriquecer o ambiente interno com arranhadores, brinquedos e outras formas de entreter o felino.

Tenha em mente também:

  • Dê atenção. O trabalho home office é uma ótima alternativa para quem quer adotar um bichinho. Ele não vai se sentir sozinho, mesmo que você esteja ocupado trabalhando. Caso trabalhe presencialmente e não more com ninguém que possa ficar com os animais, uma boa dica é contratar os serviços de uma babá de pet ou deixar o animal em uma creche especializada. Mesmo que haja outros animais na casa, não é legal deixá-los sozinhos.
  • Não desista! Um dos principais motivos pelos quais as pessoas abandonam os animais adotados é o estresse inicial logo quando o bichinho chega ao novo lar. É normal que essa primeira fase seja mais desgastante. O importante é insistir e seguir as orientações dos especialistas sobre como introduzir o animal no ambiente. A contratação de um educador comportamental pode ser uma boa alternativa para quem estiver tendo mais dificuldade.
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