Validação e enfrentamento são estratégias de educação

Crianças precisam saber que os sentimentos delas importam

Redação FamiliarIdades
Validação ensina às crianças que sentir e expressar emoções é algo aceitável. Foto: Getty Images.
Validação ensina às crianças que sentir e expressar emoções é algo aceitável. Foto: Getty Images.

Ainda que o ambiente familiar seja calmo e equilibrado, é normal acontecer de crianças entre oito a 12 anos terem explosões de raiva, surtos de tristeza ou ansiedade desencadeados pela escola, amigos ou até mesmo os irmãos. Nesses casos, os pais podem praticar duas estratégias para lidar com os filhos: validação e enfrentamento. 

Praticando a validação

De acordo com artigo publicado no site da Harvard Medical School, a validação ensina às crianças que sentir e expressar emoções é algo aceitável. Assim, os pais não devem suprimir o choro, por exemplo. 

“Isso mostra que você entende seus sentimentos e pontos de vista, e estabelece confiança. Consequentemente, pode ajudar a criança a se sentir apoiada e aberta a discutir soluções”, explicou Chase Samsel, do Departamento de Psiquiatria e Ciências Comportamentais do Hospital Infantil de Boston.

É importante, segundo ele, tentar descobrir por que eles estão se sentindo assim. Você deve perguntar algo do tipo: “Foi um dia ruim na escola?”. Mas isso nem sempre funciona. Afinal, muitas crianças não conseguem entender ou explicar essa reação. Ou simplesmente não querem falar sobre o assunto. 

Adolescentes, por sua vez, podem demonstrar raiva, mas a real emoção pode ser medo, ansiedade ou tristeza. E tudo bem. 

O mais importante é praticar a validação no dia a dia. Uma hora ou outra, o seu filho vai se abrir com você. Afinal, ele vai se sentir cada vez mais confortável quando os pais mostrarem interesse em suas emoções, sabendo que não será repreendido por isso. 

Praticando o enfrentamento

O segundo passo é ensinar ao filho formas de lidar com os problemas emocionais. Exercícios de respiração são uma boa ideia. Mas vocês podem tentar ainda meditação guiada, visualização, caminhada, leitura conjunta ou brincadeiras ao ar livre. Mas seja flexível. Ele precisa estar disposto a isso. 

Como os pais são exemplos, eles também devem adotar essa estratégia quando ficarem nervosos no dia a dia. Da mesma forma, devem se abrir sempre que possível, explicando por que estão chateados com algo. Depois de espairecer, devem compartilhar as soluções levantadas para resolver o problema. 

“As crianças observam o que seus pais fazem e muitas vezes imitam esse comportamento”, afirmou Samsel. “Se elas virem você lidando construtivamente com suas emoções, estarão mais abertas a fazer o mesmo.”

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