Trajeto casa-escola: uma proposta para a jornada segura das crianças

Todos os dias, milhões de crianças atravessam ruas e enfrentam trânsito

Redação FamiliarIdades
Trajeto entre a casa e a escola deve ser seguro e acolhedor. Foto: Getty Images.
Trajeto entre a casa e a escola deve ser seguro e acolhedor. Foto: Getty Images.

Todos os dias, milhões de crianças atravessam ruas, enfrentam trânsito, sobem e descem calçadas e cruzam bairros para chegar à escola. Esse trajeto deve ser seguro e acolhedor. Para isso, é mais do que necessário promover a educação para o trânsito de maneira lúdica e participativa, envolvendo crianças, educadores e familiares.

Em muitas cidades brasileiras, a infraestrutura urbana ignora as necessidades dos pequenos pedestres. Falta de calçadas adequadas, faixas de pedestres apagadas, ausência de sinalização e a presença de motoristas imprudentes compõem um cenário preocupante. 

Mas iniciativas pontuais mostram que é possível transformar essa realidade. Projetos de rotas escolares seguras, como o ‘Caminho da Escola’ e ‘Criança Pequena em Foco’, promovem melhorias na infraestrutura, mapeamento de áreas de risco e envolvimento da comunidade na proteção das crianças.

Crianças e seus caminhos

O projeto ‘Criança Pequena em Foco’ disponibiliza a cartilha “Crianças e seus Caminhos”, voltada para a mobilidade urbana e a cidadania infantil. Veja a seguir o que esse projeto propõe:

  • Aprender brincando. A ideia é ensinar sobre trânsito e segurança de forma divertida, com jogos e atividades interativas.
  • Olhar crítico. Incentivar as crianças a observarem os caminhos que percorrem e pensarem em como torná-los mais seguros.
  • Cidades para todos. O projeto se conecta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, ao promover cidades mais inclusivas e amigáveis para pedestres.
  • Participação ativa. Crianças podem dar ideias, sugerir melhorias e até influenciar mudanças no espaço urbano. 

Por que isso importa? 

Se as cidades forem planejadas pensando nas crianças, elas naturalmente serão mais seguras, acessíveis e acolhedoras para todos – pessoas mais velhas, com deficiência, assim como ciclistas e pedestres.

Para alcançar essa meta, nada como incluir a participação ativa das crianças como agentes de transformação, incentivando-as a observar, analisar e sugerir melhorias para o caminho que percorrem diariamente, como calçadas seguras, sinalização adequada e áreas de convivência mais acolhedoras. 

Essa iniciativa se alinha com a proposta internacional de Cidades Amigas da Criança, ao reforçar o papel da educação na construção de espaços urbanos mais acessíveis e igualitários.

Estratégias para educar sobre mobilidade

Diferentes abordagens e estratégias vão além da simples informação sobre regras de trânsito:

  • Educação experiencial. É possível incentivar as crianças a observar e analisar o caminho que percorrem diariamente, identificando problemas e propondo soluções para tornar o ambiente mais seguro e acessível.
  • Jogo pedagógico. Jogos podem envolver as crianças em atividades que estimulam a reflexão, a criatividade e a participação ativa na transformação do espaço urbano.
  • Metodologia participativa. Adultos devem ver as crianças como agentes de mudança. Então, eles devem ouvir suas percepções e sugestões sobre melhorias na infraestrutura urbana e promover o conceito de cidades educadoras.
  • Interação com a comunidade. Envolver educadores, famílias e órgãos públicos para fortalecer o papel da mobilidade na construção de um ambiente urbano mais inclusivo, sustentável e seguro.
  • Alinhamento com políticas públicas. Relacionar a educação para a mobilidade urbana com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 11, que busca tornar cidades mais resilientes e acessíveis.

Essas abordagens reforçam a ideia de que a mobilidade urbana deve ser ensinada de forma integrada, promovendo o senso de cidadania e engajamento social desde cedo. 

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