Tecnologias digitais: educação em primeiro lugar

Internet impõe desafios a educadores, instituições e alunos

Redação FamiliarIdades
A incorporação de tecnologias digitais permite a personalização do ensino. Foto: Getty Images.
A incorporação de tecnologias digitais permite a personalização do ensino. Foto: Getty Images.

O uso das tecnologias digitais na educação pode ser um dos grandes motores de transformação do ensino. Entretanto, embora abra um leque de oportunidades, impõe desafios significativos a educadores, instituições e alunos.

A incorporação de tecnologias permite a personalização do ensino. Além disso, plataformas digitais possibilitam o acesso a conteúdos diversificados e atualizados, contribuindo para uma educação mais dinâmica e interativa. Da mesma forma, podem democratizar o acesso ao conhecimento.

Outra vantagem é a promoção da colaboração e da construção coletiva do saber. Redes sociais, fóruns e ferramentas de videoconferência estimulam a troca de experiências e o desenvolvimento de projetos colaborativos. Essa interação prepara os estudantes para um mercado de trabalho cada vez mais integrado e globalizado.

Desafios e riscos das tecnologias digitais

É fundamental que políticas públicas e iniciativas privadas se unam para garantir infraestrutura adequada. Embora 81% da população brasileira acima de 10 anos já tenha usado a internet, segundo o IBGE, o acesso de qualidade ainda é um desafio. 

Além disso, muitos especialistas apontam para a necessidade de estratégias que minimizem os riscos impostos pela exposição a conteúdos inadequados e manipulação de veiculações por meio de algoritmos. Da mesma forma, é preciso estar atento ao tempo que crianças e jovens passam na frente das telas – ocasionando, por exemplo, problemas de atenção na sala de aula.

Então, o que fazer?

Em entrevista ao canal bett, o professor Silvio Meira, da Universidade Federal de Pernambuco, afirma que coibir esses dispositivos na escola não é o caminho: “Claro que têm problemas, mas nosso problema como educadores é lidar com problemas”.  

“Se as pessoas não querem experimentar, se elas não querem tentar errar e aprender com coisas que estão vindo do futuro, significaria, por exemplo, que hoje a gente não teria lousas nas escolas, ou PowerPoint, que a gente não usaria computadores”, diz ele.

Ao Estadão, a presidente do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, especialista em educação midiática, segue a mesma linha: “Se regular é preciso, educar é urgente”. Segundo ela, o ideal seria desenvolver as habilidades necessárias para o uso seguro e responsável da tecnologia, “para que os estudantes entendam como funcionam os algoritmos, para que crianças e jovens criem maturidade e autonomia no uso. E a escola é um espaço importante para essa discussão.”

Para isso, professores, alunos e pais devem estar bem informados e compreender os mecanismos que vão além do simples uso da internet. Afinal, a integração equilibrada entre tecnologia e pedagogia pode construir uma educação mais inovadora, colaborativa e adaptada às necessidades do século 21.

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