Um estudo do periódico especializado Psychological Bulletin revisou 50 anos de pesquisas sobre os impactos da privação do sono para a saúde mental. A conclusão dos pesquisadores é que dormir menos do que o necessário afeta diretamente o humor. Assim, provoca ansiedade e afeta todo o funcionamento emocional.
A revisão incluiu 154 estudos, envolvendo 5.715 participantes. Para avaliar os impactos, a equipe interrompeu o sono dos voluntários por uma ou mais noites. A conclusão foi que períodos de vigília prolongada, duração reduzida do tempo dormindo e despertares noturnos influenciam negativamente o funcionamento emocional.
A privação total, parcial ou sono resultou em aumento de sintomas de ansiedade, elevação da frequência cardíaca, assim como preocupação. Também foram constatadas menos emoções positivas como alegria, felicidade e contentamento.
Não existe uma regra sobre a quantidade de horas que se deve dormir. De acordo com a neurologista Letícia Soster, do Grupo Médico Assistencial do Sono do Hospital Israelita Albert Einstein, isso muda de pessoa para pessoa.
“Dormir suficiente é a quantidade de tempo que a pessoa dorme e se sente bem no dia seguinte. Geralmente, é uma média entre sete e oito horas. Mas varia bastante”, disse a neurologista em entrevista ao Estadão.
Ter uma rotina de sono ajuda a manter noites menos agitadas. Segundo Letícia, é importante reconhecer a necessidade de dormir. Além do mais, deve-se respeitar a quantidade ideal para cada um. “O sono não é algo que pode ser deixado para depois”, afirmou