Síndrome do coração partido não é brincadeira

Situações de forte estresse prejudicam a função cardíaca

Redação FamiliarIdades
Síndrome do coração partido é real, afetando o corpo e a mente. Foto: Getty Images.
Síndrome do coração partido é real, afetando o corpo e a mente. Foto: Getty Images.

Você já ouviu alguém falar que está com o “coração partido”? A expressão, que geralmente se refere a dor e tristeza, pode ser mais do que uma figura de linguagem. Pode ser um sinal da síndrome do coração partido, ou síndrome de Takotsubo.

A doença provoca sintomas semelhantes aos de um infarto, como dores no peito, falta de ar, assim como cansaço. Situações muito estressantes, como a morte de alguém querido ou o fim de um relacionamento, geralmente desencadeiam um sofrimento intenso. E isso impacta diretamente no coração, provocando os sintomas. 

Alteração no coração

De acordo com o médico cardiologista George Farage, “não existe uma condição física que justifique esses sintomas, mas acontece uma diminuição do funcionamento do coração e uma alteração na contração cardíaca”.

As mulheres estão mais propensas a desenvolver a síndrome. Porém, os homens também são afetados. A razão para isso ainda não está definida, “mas pode estar relacionada ao ambiente hormonal feminino”, diz Farage.

Diagnóstico

O médico explica, ainda, que o diagnóstico é feito com base nos sintomas. Primeiramente, deve-se excluir a possibilidade de ocorrência de outras doenças que causam dor no peito, como um ataque cardíaco, por exemplo. “Após descartar outras causas, os exames de ecocardiograma e eletrocardiograma podem ajudar a diagnosticar ao mostrar alterações na forma como o coração está se comportando”.

Tratamento

O tratamento é feito com cuidados básicos, como alívio da dor e suporte respiratório, dependendo da gravidade. Como é uma doença aguda, também pode causar estresse pós-traumático. A boa notícia é que, conforme Farage, “a maioria dos pacientes se recupera completamente e sem sequelas em cerca de dois meses. Para isso, o suporte de amigos e familiares é fundamental”, afirma o médico. 

Prevenção

Como episódios que desencadeiam estresse fogem ao nosso controle, a prevenção contra a síndrome se torna um desafio. Contudo, a doença é real, afetando o corpo e a mente. Consequentemente, impacta na vida dos pacientes. Por isso, é importante adotar um estilo de vida saudável, com atividades físicas, momentos de lazer e bons relacionamentos. Isso, sem dúvida, faz muito bem ao coração.

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