No início da adolescência, especialmente durante a transição para o ensino médio, jovens enfrentam desafios sociais e acadêmicos significativos. Por exemplo: rejeição e conflitos. Esses obstáculos podem afetar a capacidade de formar relacionamentos positivos, uma etapa crucial de desenvolvimento nessa faixa etária. Pais, contudo, podem ajudá-los agindo como verdadeiros “coachs”.
Um estudo realizado pela Universidade de Illinois, nos EUA, e publicado no Journal of Applied Developmental Psychology mostrou que nem todas as crianças se beneficiam do mesmo tipo de orientação, já que respondem ao estresse de maneiras diversas. Mas há posturas úteis que todos os pais podem adotar.
A pesquisa focou em mães e alunos com 11 a 12 anos. Elas receberam cenários hipotéticos de conflitos e relataram como aconselhariam seus filhos nessas situações. Ao mesmo tempo, os pesquisadores mediram o nível de condutividade da pele nas mãos dos jovens durante as simulações de conflito, o que poderia indicar mais ou menos ansiedade.
Reatividade e conselhos de pais
Os resultados mostram que os jovens com menor reatividade ao estresse se beneficiam mais de sugestões ativas e envolventes de enfrentamento dadas pelas mães. Para aqueles com maior reatividade, sugestões de autossuficiência tiveram resultados melhores.
“Se você está ansioso ou estressado e seu pai ou mães estão lhe dizendo para enfrentar o problema de frente, isso pode realmente criar mais ansiedade”, afirma Kelly Tu, coautora do estado e professora-assistente de desenvolvimento humano e estudos familiares. “Mas quando um pai dá a um jovem com alta ativação fisiológica mais autonomia sobre como lidar com o estressor entre colegas, isso parece ser mais benéfico, porque estão dando a eles mais espaço e tempo para lidar com a situação à sua maneira.”