Saiba quando levar o seu filho a um médico especialista

Os pais devem manter a calma e seguir as orientações do pediatra

Redação FamiliarIdades
Pais devem consultar o pediatra antes de encaminhar para um médico especialista. Foto: Getty Images.
Pais devem consultar o pediatra antes de encaminhar para um médico especialista. Foto: Getty Images.

Meu filho já deve ir ao oftalmologista? Só um gastroenterologista resolverá a dor de barriga que não passa? Devo levar a um médico especialista? Um pediatra pode esclarecer todas essas dúvidas que desesperam alguns pais.

“O pediatra é o ‘clínico geral da criança’, que conduzirá as primeiras consultas, para avaliar a eventual necessidade de encaminhar ou não para algum especialista”, diz o médico Tadeu Fernandes, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). “Ela deve ser avaliada primeiramente por ele, que terá uma visão geral do caso.”

Assim, a primeira consulta com o pediatra deve ocorrer ainda durante a gravidez, no terceiro trimestre de gestação. Segundo a SBP, o paciente deve seguir com este profissional até completar os 19 anos.

Pediatra x médico especialista

Fernandes critica a procura indiscriminada por especialistas sem o respaldo de um pediatra. “Um distúrbio de comportamento pode ser causado porque os pais estão brigando, se separando, mas o filho não precisa necessariamente de um psiquiatra”, exemplifica. 

Outro equívoco dos pais ou até mesmo orientado pelas escolas, diz ele, é a preocupação sobre o momento em que a criança começará a falar. “Quem avalia o desenvolvimento da fala é o pediatra. Se a criança não estiver falando por atraso de desenvolvimento, este profissional será o primeiro a pedir auxílio de um fonoaudiólogo”, afirma.

Da mesma forma, Tadeu Fernandes alerta para o aumento da procura por especialistas após a flexibilização do isolamento social instaurado pela pandemia de covid-19.

“As crianças estão com atraso na fala, dificuldades na socialização com os coleguinhas. Os professores acabaram orientando os pais a procurarem um neurologista ou psiquiatra”, diz. “Mas essas crianças não têm autismo ou transtorno de déficit de atenção. Elas estão com esses problemas porque ficaram isoladas. Então, isso precisa ser reparado na escola.”

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