Como aprender matemática sem sofrimento?

Em vez de pensar ‘eu não sou bom’, pense ‘eu ainda não aprendi isso’

Redação FamiliarIdades
A matemática é cumulativa. Se faltar uma base, o próximo degrau fica instável. Foto: Getty Images.
A matemática é cumulativa. Se faltar uma base, o próximo degrau fica instável. Foto: Getty Images.

Aprender matemática é, para muitas pessoas, sinônimo de ansiedade, frustração e até medo. Mas a verdade é que a matemática não precisa ser um bicho de sete cabeças. 

No modelo de ensino tradicional, os alunos geralmente aprendem por meio de instruções diretas e resolução de exercícios repetitivos. Isso, para muitos, pode dificultar a compreensão conceitual.

Em contrapartida, o ensino visual e concreto envolve a manipulação de materiais físicos, representações gráficas e experiências interativas.  Dessa forma, permite que os alunos desenvolvam um entendimento mais profundo dos conceitos matemáticos. 

Estudos mostram que essa abordagem pode melhorar a retenção do conhecimento e aumentar a motivação dos estudantes. Afinal, torna o aprendizado mais envolvente.

Veja estratégias certas para desenvolver habilidades matemáticas de forma leve, prazerosa e eficiente:

Mude sua relação com a matemática

O primeiro passo é trabalhar a mentalidade. A psicóloga Carol Dweck, da Universidade de Stanford, defende a chamada mentalidade de crescimento. Ou seja: a crença de que habilidades podem ser desenvolvidas com esforço e estratégias certas. 

Em vez de pensar “eu não sou bom em matemática”, pense “eu ainda não aprendi isso”.

Além disso, segundo Jo Boaler, da mesma universidade, e autora do livro Mathematical Mindsets (Mentalidades matemáticas), o erro é parte fundamental do aprendizado. Quando erramos, o cérebro ativa mais conexões neurais do que quando acertamos. Em outras palavras: errar faz parte do processo e ajuda a consolidar o conhecimento.

Use abordagens visuais na matemática

Muita gente sofre porque a matemática é ensinada de forma abstrata desde o início. Mas o uso de materiais concretos (por exemplo: blocos, desenhos, jogos e aplicativos) pode tornar conceitos mais acessíveis. Recursos visuais, como gráficos, esquemas e vídeos, ajudam a criar representações mentais mais claras.

Os materiais concretos, como blocos de montar, ábacos, e até objetos do cotidiano, permitem que o aprendiz de matemática manipule as informações. Assim, é capaz de desenvolver um raciocínio lógico baseado na experimentação. Essa abordagem favorece uma aprendizagem significativa ao conectar números e fórmulas a situações reais. Dessa maneira, ajuda na retenção do conhecimento. 

Além disso, o ensino visual pode incluir ferramentas digitais, como aplicativos interativos e simulações, que possibilitam explorar conceitos matemáticos em diferentes contextos. Algumas plataformas de ensino da matemática oferecem explicações passo a passo com vídeos e exercícios práticos, o que contribui para que o aluno avance no seu ritmo e revisite conceitos quando necessário.

Aprenda de forma ativa e prática

A matemática é como um idioma: você aprende praticando. Resolver problemas, discutir com colegas, ensinar o que aprendeu e aplicar o conhecimento em situações reais são formas eficazes de consolidar o aprendizado.

Estudos em neuroeducação mostram que o ‘aprendizado ativo’ – em que o aluno participa ativamente do processo, em vez de apenas assistir às aulas – aumenta significativamente a retenção de conteúdo. 

Divida a aprendizagem em pequenas metas

A matemática é cumulativa. Se faltar uma base, o próximo degrau fica instável. Por isso, é fundamental revisar conceitos anteriores e avançar aos poucos. Então, estabeleça metas pequenas, celebre conquistas e não tenha pressa. Afinal, aprender bem é mais importante do que aprender rápido.

Evite comparações e respeite seu ritmo

Cada pessoa aprende de um jeito e em um tempo diferente. Assim, comparar-se com colegas pode gerar ansiedade e desmotivação. Então o importante é manter uma rotina de estudos, respeitar seu ritmo e pedir ajuda sempre que necessário — seja a um professor, tutor ou até mesmo uma comunidade online. 

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