Longevidade: estudar faz você viver mais tempo

Educação contribui para retardar o envelhecimento das suas células

Redação FamiliarIdades
Dois anos de educação adicional resultaram em um ritmo de envelhecimento mais lento, promovendo a longevidade. Foto: Getty Images.
Dois anos de educação adicional resultaram em um ritmo de envelhecimento mais lento, promovendo a longevidade. Foto: Getty Images.

Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, divulgaram um novo estudo que compara a relação entre o envelhecimento e o grau de escolaridade. As descobertas são surpreendentes. Dois anos de educação adicional resultaram em um ritmo de envelhecimento mais lento. Ou seja: estudar colabora com a longevidade.

O estudo, publicado pelo JAMA Network Open, analisou dados genômicos dos participantes do Framingham Heart Study, um levantamento observacional contínuo iniciado em 1948 e que atualmente conta com três gerações.

“Há muito sabemos que as pessoas com níveis de escolaridade mais elevados tendem a viver mais tempo. Mas há uma série de desafios para descobrir como isso acontece e, principalmente, se intervenções para promover o sucesso educacional contribuirão para uma longevidade saudável”, disse o professor Daniel Belsky ao site da universidade

Retardando o envelhecimento

Com dois anos de escolaridade adicional, é possível retardar de 2 a 3% o envelhecimento. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores usaram o algoritmo conhecido como relógio epigenético DunedinPACE. 

O DunedinPACE avalia o ritmo de  envelhecimento, que é medido a partir de um exame de sangue. Funciona como um velocímetro que avalia como o corpo de uma pessoa muda à medida que envelhece. 

O envelhecimento biológico refere-se ao acúmulo de alterações moleculares que reduzem progressivamente a integridade das nossas células, tecidos e órgãos. Essas mudanças avançam ano a ano. 

“Uma confusão importante em estudos como estes é que pessoas com diferentes níveis de educação tendem a vir de famílias com diferentes níveis de escolaridade e diferentes níveis de outros recursos”, disse Gloria Graf, doutoranda no Departamento de Epidemiologia.

Para resolver o problema, a equipe se concentrou na mobilidade educacional. Em outras palavras: no quanto uma pessoa supera os pais ou irmãos em termos de nível de escolaridade.

Segundo a pesquisadora, as descobertas apoiam a hipótese de que a educação abranda o ritmo de envelhecimento biológico, associado a um ritmo mais lento de envelhecimento e à diminuição do risco de morte. Pessoas que mantiveram os estudos também envelheceram com mais qualidade de vida.

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