Nos últimos anos, passamos a usar algumas letras para rotular gerações: X, Y, Z… A distinção segue a cronologia conforme um determinado período de nascimento. A última, Alpha, ainda está crescendo. É formada por crianças nascidas a partir de 2010, e deve se estender até 2024 e 2025.
Essa distinção reflete as peculiaridades e contextos vivenciados em cada época. É por essa razão que a geração Alpha ainda está sendo analisada. Atualmente, múltiplas tecnologias digitais surgem a todo momento, extrapolando muito do que a geração anterior vivenciou.
Quais são as características da geração Alpha?
Filha da geração Z ou millenials, a geração Alpha é muitas vezes chamada de mini millennials. Ainda é cedo para caracterizar plenamente as fases da adolescência e adulta. Mas, certamente, eles são os primeiros a crescer completamente imersos em um mundo digital, antes mesmo de conhecerem aspectos do mundo físico.
Por ainda serem crianças, estão muito conectadas com as experiências de seus pais millennials em mídias sociais. Assim, têm forte presença nos meios digitais desde cedo, expostas na internet pelos próprios adultos. Ou seja: já nascem on-line.
Considerada nativa digital, a geração Alpha é a primeira a experimentar as aulas remotas e a Inteligência Artificial (IA), com seus desdobramentos em assistentes de voz, como Siri ou Alexa, e processadores de linguagem como o ChatGPT.
Reflexos da geração Z
Como a geração Z, anterior, apresenta uma tendência de ter filhos mais tarde, constituir famílias menores e com configurações diversas, as crianças Alpha devem apresentar uma dinâmica diferente, valorizando mais diversidade e inclusão.
Além do mais, essa nova geração conviveu mais próxima dos pais e da família devido à reclusão imposta pela pandemia de Covid-19. Isso pode influenciar o comportamento futuro, bem como o papel das tecnologias no aprendizado, em função das aulas remotas.
“A geração Alpha é a geração mais dotada materialmente de sempre, a geração mais tecnologicamente experiente de sempre e desfrutará de uma vida útil mais longa do que qualquer geração anterior”, define a Fundação McCrindle, do sociólogo Mark McCrindle, criador do termo geração Alpha.
“Eles permanecerão na educação por mais tempo, começarão seus ganhos anos mais tarde e ficarão em casa com seus pais mais tarde até mesmo do que seus antecessores, a geração Z e a geração Y. O papel dos pais, portanto, vai abranger uma faixa etária mais longa.”
