Por que é importante estudar Geografia?

Disciplina vai muito além da memorização de capitais e países

Redação FamiliarIdades
Geografia ajuda a desenvolver a cidadania crítica, que vai além do simples cumprimento de direitos e deveres. Foto: Getty Images.
Geografia ajuda a desenvolver a cidadania crítica, que vai além do simples cumprimento de direitos e deveres. Foto: Getty Images.

Estudar Geografia é essencial para compreender o mundo em que vivemos. Afinal, essa disciplina vai muito além da memorização de capitais e países. Ela permite entender como os espaços são organizados, como os fenômenos naturais e humanos se relacionam, e como esses processos impactam diretamente o nosso cotidiano.

O que é Geografia?

A Geografia é uma ponte única entre as ciências sociais e naturais. Isso quer dizer que ela é o estudo da Terra e de todos os componentes que a envolvem. Assim, o saber do mundo físico, das pessoas, das culturas, da política, bem como da história humana pode ser entendido de uma maneira holística. 

A Geografia é dividida em duas grandes áreas:

  • Geografia humana. É “o estudo da dinâmica das pessoas e culturas do mundo, seu lugar no mundo e sua identidade e como isso se relaciona com o lugar e o espaço”, segundo definição da Royal Geographical Society (Sociedade geográfica Real), na Inglaterra.
  • Geografia física. Objetiva a compreensão da dinâmica das paisagens e do meio ambiente em todo o mundo.

“Algumas instituições de ensino e pesquisa têm destacado também o geoprocessamento e a cartografia como uma área da Geografia”, explica Debora Aversan, professora de Geografia do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). 

Compreendendo as interações entre homem e natureza

Uma das principais contribuições da Geografia está na compreensão das interações entre sociedade e natureza. Então, ao entender os impactos da ação humana sobre o meio ambiente, podemos pensar em soluções mais sustentáveis para o planeta. Por exemplo: desmatamento, mudanças climáticas e processos de urbanização

Além disso, a Geografia ajuda a desenvolver a cidadania crítica, que vai além do simples cumprimento de direitos e deveres. Ela envolve uma postura ativa, questionadora e reflexiva diante das estruturas sociais, políticas e econômicas. Afinal, ser um cidadão crítico significa não apenas conhecer as normas que regem a sociedade, mas também entender seus impactos, propor mudanças e agir em prol da coletividade.

Por meio dela, os estudantes podem analisar desigualdades sociais, distribuição de recursos, fluxos migratórios, fronteiras políticas e disputas geopolíticas. Isso permite uma visão mais ampla e fundamentada da realidade, o que fortalece o senso de pertencimento e responsabilidade em relação ao espaço em que vivem. 

Interpretação de mapas, gráficos e dados espaciais

Outro ponto importante é a interpretação de mapas, gráficos e dados espaciais. Em uma era de informações georreferenciadas e tecnologias como GPS e satélites, saber ler e interpretar esses dados é uma habilidade cada vez mais valorizada no mercado de trabalho e na vida cotidiana. 

A interpretação de mapas é uma habilidade essencial para compreender informações geográficas, analisar dados espaciais e tomar decisões informadas. Sendo eles representações gráficas de espaços físicos, sociais ou políticos, a sua leitura exige atenção a diversos elementos. 

Para interpretar um mapa corretamente, é fundamental observar os seguintes aspectos:

  • Título. O título anuncia o tema do mapa.
  • Legenda. Ela indica o significado dos símbolos e cores utilizados.
  • Escala. Por sua vez, a escala define a relação entre as dimensões reais do fenômeno e suas representações no mapa.
  • Projeção cartográfica. A projeção cartográfica é o nome dado ao processo de representar a superfície curva da Terra (que é aproximadamente esférica) em uma superfície plana, como um mapa. Como é impossível representar perfeitamente uma esfera em um plano sem distorções, as projeções cartográficas são diferentes formas de “achar soluções” para esse problema.
  • Orientação. O norte geralmente é indicado na parte superior, mas é importante verificar a bússola ou a rosa dos ventos.

“Com o desenvolvimento das geotecnologias e a produção de softwares livres de mapeamento, hoje é possível que qualquer pessoa interessada possa produzir de maneira autoral o seu mapa, e assim, o uso dessa linguagem se torna ainda mais acessível”, afirma Debora. 

Link copiado