
Dados do Censo da Educação Superior, conduzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), revelam que as áreas de Negócios, Administração e Direito concentram o maior número de matrículas no ensino superior brasileiro. Em seguida, destacam-se as áreas de Saúde e Bem-Estar e Educação.
Mais alunos no ensino superior
Entre 2000 e 2022, a porcentagem da população brasileira com ensino superior completo praticamente triplicou, passando de 6,8% para 18,4%. No entanto, persistem diferenças significativas entre as etnias.
“Em 22 anos, tivemos uma evolução surpreendente; o número de pessoas com nível superior completo praticamente triplicou e o número daquelas com ensino médio completo chegou a dobrar”, afirmou o pesquisador Bruno Mandelli, do do IBGE, em entrevista ao Estadão.
Esse crescimento está associado ao aumento de matrículas de Educação a Distância (EaD) no Brasil. O País tinha cerca de 1600 pessoas estudando nessa modalidade em 2000, enquanto que, em 2022, registrou mais de 4 milhões de alunos.
Recorte por raça e gênero
Entre os brancos, o percentual de graduados aumentou de 9,9% para 25,8%. Já na população preta, houve um crescimento de 2,1% para 11,7%, enquanto entre os pardos o índice subiu de 2,4% para 12,3%.
No recorte por gênero, as mulheres ultrapassaram os homens em nível de escolaridade superior: em 2022, 20,7% das mulheres tinham graduação completa, em comparação com 15,8% dos homens.
As áreas de formação também apresentam variações expressivas. Por exemplo, 93% dos graduados em Serviço Social são mulheres, enquanto em Engenharia Mecânica e Metalurgia, apenas 7,4% dos formados são do sexo feminino.