Educação financeira começa na infância e pode ser divertida

Veja como ensinar em casa de forma prática e lúdica

Redação FamiliarIdades
A educação financeira infantil favorece o contato com conceitos como consumo consciente e planejamento. Foto: Getty Images.
A educação financeira infantil favorece o contato com conceitos como consumo consciente e planejamento. Foto: Getty Images.

A educação financeira infantil favorece o contato com conceitos como consumo consciente e planejamento. Pode e deve começar cedo, por volta dos três ou quatro anos, com atividades práticas e lúdicas. A abordagem evolui conforme a criança cresce, sempre respeitando sua maturidade.

Consultores financeiros e educadores entrevistados pelo Estadão dão dicas para que os pais possam inserir os conhecimentos na rotina familiar de forma natural. Confira:

Cada idade, uma abordagem

Mariana Conegero, especialista em investimentos e sócia da The Hill Capital, orienta os pais sobre como adaptar o conteúdo. Entre três e seis anos, ensinar a diferença entre necessidades e desejos, usar cofrinhos para incentivar a poupança e simular compras em brincadeiras ajuda a criar familiaridade com o dinheiro. 

A partir dos sete anos, a mesada se torna aliada para ensinar planejamento financeiro. Aos 11, vale incentivar o registro de despesas e ensinar sobre orçamento e contas bancárias. Já aos 15, temas como crédito, impostos, investimentos e reserva de emergência devem ser apresentados, estimulando a autonomia financeira.

Brincar também ensina

Criar mercados fictícios ou incentivar pequenos empreendimentos ajuda a criança a entender o valor do esforço e da responsabilidade. Mariana reforça: “Vender doces ou desenhos mostra na prática a relação entre esforço, recompensa e responsabilidade”.

Dinheiro no dia a dia

Atividades simples, como fazer compras no supermercado, ajudam no aprendizado. Também vale deixar a criança pagar certas despesas pessoais. Dessa forma, ela pode entender o valor do esforço próprio e a importância de administrar recursos, afirmou Ângelo Belitardo Neto, da Hike Capital.

Ferramentas lúdicas

Andressa Bergamo, da AVG Capital, recomenda jogos como Banco Imobiliário e aplicativos como PiggyBot. Segundo ela, essas ferramentas tornam o aprendizado “ativo e engajante”.

A mesada, segundo a educadora parental Priscilla Montes, também é essencial, mas deve ter objetivo educativo e não ser usada como recompensa. Ensinar prioridades desde cedo ajuda a criança a fazer escolhas mais conscientes e responsáveis no futuro.

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