Em um mundo cada vez mais conectado, os clubes de leitura online têm se destacado como plataformas para compartilhar ideias, explorar diferentes gêneros e expandir horizontes por meio da literatura.
A social media Beatriz França entrou em grupos de leitura para poder retomar o hábito. “Eu gosto muito, mas estava há muito tempo sem ler meus livrinhos”, conta. “Os grupos influenciaram minha rotina; agora reservo um período do dia para ler e seguir um cronograma.”
Ela lê o livro e, depois, participa de um bate-papo com outros membros dos grupos. “É divertido ter esse espaço para debate porque traz visões diferentes do que eu entendi do livro e abre para outras discussões, além de algumas amizades que acabam surgindo também.”
Tempo para refletir com literatura
No caso da redatora Lara Nascimento, os grupos apareceram em sua vida durante a pandemia. “Estava buscando resenhas de um livro que baixei no Kindle e achei um Instagram só dedicado à leitura. Eu nem sabia, até então, que existia a bolha do bookgram [aglutinação do termo book, que significa livro em inglês, e Instagram]”, diz.
“Criei um perfil aleatório e comecei a seguir todos os perfis que davam dicas de livro, até que encontrei um que criava uma espécie de agenda de leitura para quem quisesse ler o mesmo livro”, conta. “É bem legal: eles marcam os dias e até qual capítulo devemos ler, e, depois, o pessoal se reúne para dizer o que achou.”
Além do incentivo para ler, a participação nesses grupos ajudou Lara em relação à saúde mental. “Como era época de pandemia e eu estava sozinha em casa, isso me ajudou a aliviar a ansiedade, principalmente porque trabalhava em home office e só podia sair pra ir ao mercado.”
Como Beatriz, ela também foi presenteada com novas amizades. “Estreitei laços fortes. Teve uma amiga que passou a dar aula de inglês para minha irmã e já até me visitou aqui no Rio. Ela é do Ceará. Quando tem Bienal, o pessoal também marca de se encontrar.”