Chamar um amigo imaginário ou dizer que a boneca está com fome. Esse tipo de brincadeira dos filhos não deve preocupar os pais, segundo a psicóloga Vanessa Lobo, professora da Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo.
“Os pais que veem seus filhos brincando com amigos imaginários não devem censurar os amiguinhos”, diz. “Deixar a criança brincar e encorajá-la é a melhor opção para que essas crianças sejam comunicativas, mais empáticas e pró-sociais.”
Faixa etária para um amigo imaginário
De acordo com a professora, mestre em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), esse tipo de brincadeira pode começar a aparecer por volta dos três anos de idade e durar até os sete. É, como já demonstraram alguns estudos, um sinal de que a criança é criativa, comunicativa e está desenvolvendo suas habilidades sociais.
Por outro lado, “crianças que assistem muito à televisão, passam muito tempo na internet ou ficam em joguinhos, brincam de forma menos imaginativa, tornando-se mais passivas e absorvendo mais imagens em vez de produzir as suas próprias histórias, seus próprios enredos”, explica a psicóloga.
Nada de intimidação!
Os pais devem ficar atentos, sim, ao que a criança fala sobre esse colega imaginário. Não é adequado, por exemplo, que o seu filho se sinta intimidado por ele ou deixe de fazer outras atividades por causa disso.
Caso os responsáveis fiquem intrigados com alguma manifestação, devem consultar o pediatra. “Geralmente, essas questões infantis desaparecem dentro de alguns dias ou de semanas e não são motivo de preocupação”, diz Vanessa.