A origem da criatividade humana está no berço

Bebês de 1 ano já conseguem combinar conceitos para formar ideias

Redação FamiliarIdades
A criatividade é definida como a capacidade de ir além das ideias convencionais para obter novos significados. Foto: Getty Images.
A criatividade é definida como a capacidade de ir além das ideias convencionais para obter novos significados. Foto: Getty Images.

Um estudo da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, e Universidade Central Europeia, na Áustria e Hungria, descobriu que bebês já conseguem combinar conceitos simples para construir ideias complexas muito antes de começar a falar. Assim, são capazes de pensar de forma criativa para desenvolver a linguagem. 

O que é a criatividade?

A criatividade é definida como a capacidade de ir além das ideias convencionais para obter novos significados. É um processo que envolve não apenas a geração de novas ideias, mas também a habilidade de avaliar e desenvolver essas ideias para resolver problemas e apresentar soluções inovadoras. 

Como nasce uma ideia

Com o intuito de descobrir como as pessoas chegam a pensamentos e ideias novas, os pesquisadores se propuseram a explorar as origens da criatividade humana. Apesar de o mecanismo básico – pegar conceitos simples e combiná-los em novas estruturas – já ser conhecido, pouco se sabia sobre quão cedo ele começava a ser usado.  

“A criatividade humana não tem limites: ela nos levou à Lua e nos permitiu curar doenças mortais. Mas, apesar de sua importância, ainda não sabemos quando e como surge essa impressionante capacidade de combinar ideias e inventar coisas”, diz a pesquisadora Barbara Pomiechowska. “Esta pesquisa mostra que devemos voltar ao início da aquisição da linguagem para resolver o quebra-cabeça.” 

De olho em 60 bebês

A equipe avaliou 60 bebês com cerca de um ano de idade. Os pesquisadores ensinaram a eles palavras novas que sinalizavam quantidades. Por exemplo: ‘mize’ para ‘um’ e ‘padu’ para ‘dois’. 

Depois, pediram que as crianças combinassem as novas palavras com nomes de objetos diferentes também mostrados a elas. Como exemplo, identificar ‘padu patos’ entre uma variedade de imagens.

Como os bebês ainda não sabiam falar, os pesquisadores utilizaram uma tecnologia de rastreamento ocular para monitorar para onde eles olhavam. Assim, puderam mostrar que os pequenos conseguiam combinar com sucesso dois conceitos: o de quantidade com o nome do objeto.

“Para os bebês, essa capacidade de combinar diferentes conceitos provavelmente ajuda não apenas a interpretar a complexa entrada da linguagem, mas também a aprender sobre diferentes aspectos do mundo físico e social”, afirma Agnes Kovacs, que também participou do estudo. “Para os adultos, é uma habilidade que ajuda a superar tudo o que já foi pensado, abrindo a mente para infinitas possibilidades.”

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