A música ajuda a estimular os sentidos. Mas colocar a playlist favorita na hora dos estudos é bom ou ruim? Afinal, em um mundo com cada vez mais distrações, adotar uma rotina que favoreça a concentração é fundamental. Contudo, pesquisas mostram que algumas melodias podem ajudar, outras vão provocar o efeito contrário.
O psiquiatra Srini Pillay afirmou, em uma coluna escrita para a emissora de TV CNBC, dos Estados Unidos, que diversos gêneros musicais podem contribuir com o foco do cérebro, mas as melhores músicas são as que já conhecemos.
Pillay mencionou uma pesquisa realizada em 2018 que revela o poder das músicas familiares em ativar as mesmas regiões do cérebro responsáveis pelo movimento, ampliando o nosso foco.
“Isso significa que posso cantar e sentir um ritmo já aprendido no meu corpo”, explicou Pillay. “Por já ter ouvido a canção antes, eu tenho prazerem antecipar o que vem a seguir.”
Mas atenção: o psiquiatra alertou que os retornos na concentração diminuem conforme o cérebro se acostuma com a música. Se cansou de uma melodia, é melhor trocar.
Estilos de música para o foco
Segundo Pillay, canções instrumentais tendem a trazer mais foco do que as que possuem letras. Como as músicas provocam muitas emoções, algumas podem prejudicar a concentração. Quando as emoções negativas permanecem no nosso cérebro, a capacidade de se concentrar diminui. O ideal é buscar melodias que promovam o equilíbrio.
Um estudo publicado pela revista Applied Cognitive Psychology analisou os efeitos da música clássica na concentração e produtividade. Os resultados revelaram que a música instrumental melhorou o desempenho em tarefas de leitura e escrita. Já a música pop pop teve um efeito neutro.
A música instrumental pode contribuir com os estudos, ajuda a abafar os ruídos externos e direcionar a atenção. Portanto, o processo de ouvir música pode ser uma forma de aguçar o cérebro, sua capacidade de antecipar eventos e manter a atenção.