Redução do uso de smartphones aumenta satisfação no trabalho

Uma hora a menos olhando o celular pode ser benéfico à saúde

Redação FamiliarIdades
Smartphones estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia. Foto: Getty Images.
Smartphones estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia. Foto: Getty Images.

Os smartphones estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia. Mas o uso indiscriminado desses aparelhos afeta tanto o bem-estar quanto a motivação no trabalho. Um estudo da Ruhr-Universidade Bochum, na Alemanha, mostra que reduzir diariamente o consumo das telinhas em apenas uma hora e fazer exercícios regularmente pode mudar esse cenário. 

Em média, passamos de 63% a 77% do tempo no trabalho. Entretanto, a baixa satisfação nesse ambiente afeta negativamente a nossa saúde mental. Isso, por sua vez, faz com que fiquemos insatisfeitos ao trabalhar. Esse ciclo compromete o desempenho, o comprometimento organizacional positivo e a produtividade dos colaboradores.

É por isso que satisfação e motivação no trabalho são tão importantes para as empresas. Não à toa, elas investem grandes recursos em programas de treinamento para identificar ou minimizar possíveis problemas. 

Menos smartphones, mais exercício

A pesquisa envolveu voluntários de diferentes setores profissionais da Alemanha. Eles foram divididos aleatoriamente de acordo com a idade e o sexo em quatro grupos: 

  1. Grupo de smartphone. Grupo que reduziu o uso de smartphones, não relacionado com o trabalho, em uma hora por dia.
  2. Grupo de atividade física. Os indivíduos desse grupo aumentaram a atividade física diária em 30 minutos.
  3. Grupo combinado. Foi o grupo que combinou ambas as intervenções, uso reduzido de smartphone e acréscimo no tempo de exercícios físicos.
  4. Grupo de controle. Esse grupo manteve suas atividades normais.  

Os resultados mostraram que, no grupo de smartphones e no grupo combinado, houve uma melhoria notável na satisfação no trabalho, equilíbrio entre vida profissional e pessoal e saúde mental.

Além disso, houve uma diminuição nos sintomas de uso problemático de smartphones e na sensação de sobrecarga de trabalho. Todas as intervenções nesses dois grupos resultaram em uma redução nos sintomas depressivos e aumentaram a sensação de controle dos participantes.

Contudo, o grupo de atividade física não apresentou uma melhoria substancial relacionada ao trabalho.

“Parece que as mudanças no tempo de uso do smartphone são de maior relevância no contexto de trabalho do que as mudanças na atividade física”, disse a pesquisadora Julia Brailovskaia, responsável pelo trabalho. “Uma redução consciente e controlada do tempo de tela não relacionado ao trabalho, em combinação com mais atividade física, pode melhorar a satisfação.”

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