
A doença renal crônica afeta cerca de 10% da população brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde. Um boletim epidemiológico divulgado no final de 2024 apontou um aumento de 152,8% nos atendimentos relacionados ao problema na Atenção Primária à Saúde entre 2019 e 2023.
Só que os rins são órgãos vitais. Afinal, filtram o sangue, eliminando resíduos e equilibrando eletrólitos e fluidos. Quando comprometidos, podem causar acúmulo de toxinas, retenção de líquidos, pressão alta, doenças cardíacas e até insuficiência renal.
Em artigo publicado pelo Estadão, a professora Dipa Kamdar, da Universidade de Kingston, no Reino Unido, falou sobre os principais problemas. Confira:
Uso abusivo de analgésicos
Medicamentos como ibuprofeno e aspirina, se usados com frequência, podem inflamar os rins e reduzir o fluxo sanguíneo. Pessoas com doença renal crônica devem evitar esses remédios sem orientação médica.
Baixa ingestão de água
A desidratação concentra os resíduos na urina, aumentando o risco de pedras nos rins e infecções. A recomendação é beber entre 1,5 e 2 litros por dia, salvo contra indicações médicas.
Consumo excessivo de álcool
O álcool desidrata o corpo e pode elevar a pressão arterial, sobrecarregando os rins. O serviço nacional de saúde britânico, por exemplo, recomenda não ultrapassar 14 unidades de álcool por semana.
Tabagismo
O cigarro contém substâncias tóxicas que danificam os rins diretamente. Assim, favorecem doenças como hipertensão e diabetes.
Excesso de peso
A obesidade altera substâncias químicas do organismo, aumentando o risco de doenças que comprometem os rins. Por isso, exercícios regulares e alimentação equilibrada são fundamentais.
Má alimentação
Dietas ricas em ultraprocessados e sal aumentam o risco de doenças renais. Estudos mostram que quem consome muitos desses alimentos têm 24% mais chance de desenvolver a doença.
Sono de má qualidadeDormir menos de seis ou mais de dez horas por noite pode afetar a saúde renal. O ideal é manter entre sete e nove horas de sono por dia.