As restrições impostas pela pandemia mostraram a capacidade que a sociedade tem de adquirir e produzir conhecimento. Empresas precisaram se adaptar rapidamente a relações não presenciais por meio da criação e utilização de recursos tecnológicos. Consequentemente, o mercado passou a valorizar mais profissionais com competências adequadas a cenários de incertezas e mudanças.
Com base nesse contexto, o Fórum Econômico Mundial produziu, em 2020, um relatório em que destacou várias habilidades essenciais para o chamado “profissional do futuro”. O trabalho reuniu opiniões de líderes de negócios, bem como informações públicas e privadas. Segundo o documento, pensamento crítico, resolução de problemas complexos e inteligência emocional são algumas competências desejáveis nos próximos anos.
O que o profissional do futuro deve ter?
- Pensamento crítico e análise: a capacidade de analisar informações, identificar problemas e, assim, tomar decisões embasadas em dados;
- Resolução de problemas complexos: habilidade para abordar desafios difíceis e encontrar soluções eficazes;
- Criatividade: a capacidade de pensar de forma inovadora e gerar ideias originais;
- Gestão de pessoas: habilidade de liderar, motivar e trabalhar em equipe;
- Coordenação com os outros: capacidade de colaborar eficazmente com colegas de trabalho, clientes e parceiros;
- Inteligência emocional: compreensão e gerenciamento das próprias emoções, bem como a habilidade de lidar com as emoções dos outros;
- Julgamento e tomada de decisões: habilidade para tomar decisões informadas e éticas;
- Orientação para o serviço: foco no atendimento ao cliente e na satisfação das necessidades do mercado;
- Negociação: habilidade de negociar e alcançar acordos mutuamente benéficos;
- Flexibilidade cognitiva: capacidade de se adaptar a novas situações e aprender continuamente;
- Inteligência cultural e diversidade: compreensão e respeito pelas diferenças culturais e diversidade no local de trabalho;
- Habilidade para usar tecnologia digital: competência em lidar com tecnologias digitais, incluindo software e ferramentas relevantes;
- Resiliência: capacidade de enfrentar desafios e adversidades com determinação e adaptabilidade.
Como adaptar meu perfil profissional a esse novo mercado?
De acordo com o consultor de Educação Francisco Borges, da Fundação Fat, entidade sem fins lucrativos que apoia a educação e a tecnologia no País, o autoconhecimento é uma das melhores maneiras de saber o caminho a seguir.
É possível ainda contar com o apoio de especialistas: “Buscar uma mentoria ou um profissional que seja especializado em carreiras pode auxiliar na identificação de pontos fracos e a saber como melhorá-los”, afirma.
Paralelamente, o profissional deve considerar a possibilidade de realizar cursos que tenham como foco competências específicas. Da mesma forma, participar de workshops e seminários para ampliar a rede de contatos e aprender com a experiências de outras pessoas. Essas são boas oportunidades para aplicar, no dia a dia, habilidades interpessoais como comunicação eficaz, empatia e colaboração.