As mulheres realmente vivem mais do que os homens

Ciência atribui longevidade feminina a fatores como estilo de vida e hormônios

Redação FamiliarIdades
As mulheres tendem a evitar hábitos nocivos, como fumar e beber em excesso. Foto: Getty Images.
As mulheres tendem a evitar hábitos nocivos, como fumar e beber em excesso. Foto: Getty Images.

Mulheres realmente vivem mais do que homens. A diferença na expectativa de vida é um fenômeno global, mesmo em contextos adversos como guerras, epidemias e fome. No Brasil, dados do IBGE apontam que as mulheres vivem, em média, 79,7 anos, enquanto os homens chegam a 73,1. 

Cientistas investigam as possíveis causas dessa desigualdade biológica e comportamental. 

Do ponto de vista genético, estudos sugerem que o segundo cromossomo X das fêmeas exerce um efeito protetor, o que poderia influenciar a longevidade também em humanos.

O papel dos hormônios sexuais, especialmente o estrogênio, também entra nessa equação. Antes da menopausa, por exemplo, o sistema imunológico feminino é mais eficaz, o que ajuda a combater infecções e aumenta a resistência a doenças. 

“Há dados razoáveis mostrando que, pelo menos antes da menopausa, o sistema imunológico feminino tende a ser melhor, mais atento e mais capaz de montar respostas”, disse a professora Bérénice Benayoun, da Universidade do Sul da Califórnia, em artigo publicado pelo Estadão.

Após os 50 anos, com a queda do estrogênio, essa proteção diminui. O que explica por que as mulheres, embora vivam mais, apresentam mais fragilidade na velhice.

Comportamento das mulheres e dos homens

Há também uma forte influência do comportamento. As mulheres tendem a evitar hábitos nocivos, como fumar e beber em excesso. Além do mais, tendem a adotar mais práticas saudáveis, como realizar check-ups médicos frequentes e manter conexões sociais. Dessa forma, garantem bem-estar físico e mental.

Por outro lado, os homens estão mais expostos a situações de risco, como acidentes, violência e ocupações insalubres, que encurtam suas vidas. Fatores externos, como desigualdades sociais e acesso precário à saúde, agravam ainda mais o quadro. 

Embora existam variáveis controláveis, como estilo de vida, os cientistas ainda não sabem ao certo o quanto essas mudanças isoladas impactam a longevidade.  O que se sabe é que compreender as diferenças biológicas entre os sexos pode abrir caminho para terapias e políticas de saúde mais eficazes e personalizadas. Afinal, a meta não é apenas viver mais, mas viver melhor.

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