Memória: cérebro tende a fixar melhor informações complexas

Se uma cena não for previsível ou surpreendente, ela pode ser ignorada

Redação FamiliarIdades
A nossa memória parece desprezar situações muito cotidianas. Foto: Getty Images.
A nossa memória parece desprezar situações muito cotidianas. Foto: Getty Images.

Quantas vezes nos esquecemos do nome de alguém? Ou de onde colocamos a chave da casa ou do carro? Quando isso ocorre, é comum acharmos que estamos perdendo a memória. Mas, muitas vezes, não precisamos nos preocupar. 

Segundo um estudo da Universidade de Yale, nos EUA, a explicação para não nos lembrarmos de coisas habituais é bem simples. Na verdade, o nosso cérebro filtra uma infinidade de experiências e prioriza aquelas mais difíceis de explicar.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas usaram um modelo computacional e um estudo comportamental, analisando como o cérebro escolhe o que lembrar. 

A equipe projetou uma sequência rápida de imagens naturais para voluntários da pesquisa. As pessoas lembravam com mais facilidade das imagens mais complexas, aquelas que o modelo computacional tinha mais dificuldade de recriar. 

“A mente prioriza lembrar coisas que não é capaz de explicar muito bem”, disse Ilker Yildirim, professor de Psicologia na Faculdade de Artes e Ciências de Yale e autor sênior do artigo. “Se uma cena é previsível e não surpreendente, ela pode ser ignorada.”

Por exemplo: podemos nos confundir ao nos depararmos, de repente, com a presença inusitada de um hidrante em um ambiente natural. Essa cena, então, ficará retida na memória devido à dificuldade de interpretação.

O nosso cérebro parece desprezar situações muito cotidianas. Como se funcionasse no modo “automático”, sem dar tanta atenção a informações para as quais já temos uma explicação.

Entretanto, atenção. Se você tiver problemas de memória frequentes, consulte um médico. Somente um profissional de saúde poderá avaliar corretamente os sintomas. 

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