
Na era da tecnologia, é cada vez mais comum descartarmos celulares, computadores, televisores, carregadores, pilhas, assim como outros aparelhos eletrônicos. Esse tipo de resíduo é chamado de lixo eletrônico ou resíduo de equipamento eletroeletrônico (REEE).
Embora muitos desses itens pareçam inofensivos, o descarte incorreto pode trazer sérios riscos ao meio ambiente e à saúde. Por outro lado, descartar corretamente esses materiais favorece a reciclagem. Assim, diminui a poluição ambiental.
Por que reciclar lixo eletrônico?
Os aparelhos eletrônicos são feitos de diversos materiais. Por exemplo: plástico, vidro, metais (ouro, prata, cobre, alumínio) e substâncias tóxicas, como chumbo, mercúrio e cádmio. Se jogados em lixões ou aterros comuns, há risco de contaminação do solo, da água e do ar. Além do mais, representa risco direto para pessoas e animais.
Contudo, a reciclagem traz muitas vantagens. Além de reduzir a poluição ambiental, evita o desperdício de materiais valiosos e diminui a extração de recursos naturais. Da mesma forma, ajuda a gerar empregos na cadeia da reciclagem e promove a economia circular. Afinal, os materiais retornam para a cadeia produtiva.
Como funciona a reciclagem?
O processo começa pela coleta dos equipamentos descartados. Em primeiro lugar, eles são levados para centros de triagem, onde são desmontados manual ou mecanicamente. Então, cada tipo de material – plástico, metal, vidro e componentes eletrônicos – é separado. Depois, os materiais passam por processos específicos:
- Metais. Eles são fundidos e reutilizados na indústria metalúrgica.
- Plásticos. São triturados e transformados em matéria-prima para novos produtos.
- Vidro. Especialmente o de telas, é reciclado para ser usado novamente em indústrias.
- Componentes perigosos, como baterias e placas de circuito, recebem tratamento especializado para evitar contaminação.
E o que fazer com seu lixo eletrônico?
Você pode entregar seus aparelhos em pontos de coleta específicos, como:
- Postos de coleta de prefeituras;
- Lojas de eletrônicos (algumas têm programas de logística reversa);
- Centros de reciclagem certificados;
- Cooperativas de catadores que trabalham com resíduos eletrônicos.
No Brasil, iniciativas como o ‘Programa de Logística Reversa’ e a ‘Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010)’ incentivam e, em alguns casos, obrigam fabricantes e comerciantes a receberem de volta produtos eletrônicos usados para destinação ambientalmente correta.
Exemplos de empresas e locais que reciclam:
- Green Eletron. É uma gestora de logística reversa de eletroeletrônicos e pilhas, sem fins lucrativos, criada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE). Possui centenas de pontos de coleta espalhados em shoppings, supermercados e estabelecimentos parceiros em várias cidades do Brasil.
- E-lixo Maps. É um mapa colaborativo que ajuda os cidadãos a encontrarem pontos de coleta de lixo eletrônico em todo o Brasil. Basta acessar o site e pesquisar pelo tipo de resíduo e pela sua localização.
- Sucata Digital. Projeto social que realiza a coleta de lixo eletrônico, promove oficinas de reaproveitamento e oferece inclusão digital com equipamentos recuperados. Atua principalmente na região de São Paulo.
- Centros de Reciclagem Municipais. Muitas prefeituras oferecem pontos de coleta permanente de eletrônicos, além de campanhas pontuais. Exemplos: Ecopontos em São Paulo; unidades da Secretaria Municipal do Meio Ambiente em Curitiba; e a SLU (Superintendência de Limpeza Urbana), que possui locais de entrega voluntária em Belo Horizonte.
- Lojas e fabricantes. Algumas empresas oferecem programas próprios de logística reversa.