IA: como lidar com a substituição de funções na empresa?

Investimento em requalificação é fundamental, segundo especialista

Redação FamiliarIdades
Líderes podem diminuir a apreensão ao focar no aumento do potencial e da produtividade de cada um com a ajuda da IA. Foto: Getty Images.
Líderes podem diminuir a apreensão ao focar no aumento do potencial e da produtividade de cada um com a ajuda da IA. Foto: Getty Images.

A inteligência artificial (IA) veio para ficar e revolucionar o mundo que conhecemos. Mas, como toda mudança, isso gera apreensão em alguns setores do mercado de trabalho. Afinal, entre outras questões, a nova tecnologia poderia “roubar” funções antes exclusivas de humanos e gerar pânico nos colaboradores das empresas.  

“Imaginem meu dilema aqui. Eu poderia chegar na minha equipe de confiança, com quem trabalhei durante anos, olhar nos olhos deles e apresentar no treinamento o mesmo sistema que poderia deslocá-los?”, indaga a gerente de produtos Madison Mohns, em palestra ao TED.

Segundo ela, líderes podem diminuir essa apreensão ao focar no aumento do potencial e da produtividade de cada um com a ajuda da IA. Além do mais, o problema pode ser driblado com a adoção de três princípios éticos que abraçam o progresso tecnológico.

Veja a seguir como encarar a IA:

Transparência transformacional

A transformação das funções humanas em funções da IA precisa ser transparente para os funcionários. Segundo Mohns, é preciso “promover o diálogo, abordar as principais preocupações e oferecer explicações concisas em relação ao propósito e desafios potenciais implicados na implementação da IA. Isso requer envolver seus funcionários ativamente no processo de tomada de decisão e valorizar sua autonomia”.

Aumento colaborativo de IA

Buscar o consentimento da equipe para a implantação do sistema de IA. Esse consentimento pode ser obtido ao esclarecer aos funcionários que a IA não é um substituto completo de suas funções e, sim, o incremento do potencial e produção. Isso acentua a predisposição para colaborar com a implementação da nova tecnologia em áreas e tarefas identificadas pela equipe como passíveis de serem automatizadas. Assim, torna-se viável “garantir que eles tenham uma voz forte em delinear seus destinos profissionais”, diz Mohns.

Requalificação para realizar o potencial

A requalificação é imperativa para evitar a substituição. Conforme afirma Mohns, “podemos capacitar nossos funcionários a repensar seus papéis como existem hoje e criar novas possibilidades que se alinham com sua experiência em evolução em atividades que envolvem expertise e interesse”. E ela vai além: “Investir no bem estar da equipe garante que eles estejam equipados com as habilidades e os conhecimentos necessários para prosperar em um futuro alimentado pela IA”.

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