Falar errado o nome de um objeto, confundir as funções de um produto ou de uma profissão. Uma criança pode cometer esses deslizes enquanto desenvolve suas habilidades. Nessas situações, os pais devem corrigi-la de forma responsável, sem constrangimento.
“É sempre importante ser assertivo, pontual, mas sem humilhação. Não precisa tratar a criança como desqualificada, incapaz. Cada vez mais a gente percebe a necessidade de ser assertivo, sem deixar o carinho de lado. Correção não é humilhação”, alerta a psicopedagoga Kátia de Medeiros, do Centro Universitário Braz Cubas, em Mogi das Cruzes (SP).
Também é fundamental, explica a professora, levar em consideração a idade da criança. Quanto mais velha, maior a capacidade de absorver informação.
“Além disso, se tenho uma criança muito pequena, é preciso entender que o adulto tem sempre que falar de maneira correta, porque tudo é uma ação de caráter pedagógico, e a criança aprende a todo momento, não só na escola“, diz.
Falar errado na escola?
Quando a criança atingir a idade escolar, a família e o colégio devem atuar como parceiros no aprendizado dos mais jovens. Os pais podem agir na chamada “socialização primária”, ensinando valores e regras. Já a escola ficaria a cargo da “socialização secundária”, com o desenvolvimento acadêmico e científico.
“Os responsáveis devem conhecer a proposta pedagógica da escola, participar das reuniões, entender como é a metodologia. Assim, a família poderá ser parceira e coadjuvante do processo de aprendizado. Quanto mais os pais conhecem o colégio, maior é a colaboração possível”, explica Medeiros.