
O aumento da taxa de nascimento de empresas empregadoras no Brasil atingiu 15,3% em 2022, o maior percentual desde 2017. Consequentemente, 1,7 milhão de pessoas foram contratadas. Estas informações são do estudo “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo”, de 5 de dezembro de 2024 pelo IBGE.
O ano de 2022 marcou o segundo ano consecutivo de crescimento da taxa de nascimento de empresas e superou o percentual de 2017, ocasião em que a taxa foi de 10,9%. No período de 2019 e 2020, houve uma queda de 12,8% para 10,7. Mas em 2021 ela voltou a crescer e marcou 13,8%.
O setor do comércio, com foco na reparação de veículos automotores e motocicletas, se destaca por representar cerca de 160 mil novas empresas empregadoras. Ou seja: 40% do total das 405,6 mil empresas criadas. Isso quer dizer que a cada dez novas empresas em 2022, quatro eram de comércio. Assim, houve geração de mais de 460 mil empregos somente nesse setor.
Outras áreas também se destacam. Por exemplo: atividades administrativas e serviços complementares (13,8%), alojamento e alimentação (10,8%), indústrias de transformação (10,6%) e construção (10,2%).
“O perfil das empresas que nasceram em 2022 é muito semelhante ao estoque de empresas já existentes, levando em conta as principais atividades econômicas”, ressaltou Thiego Ferreira, gerente da Análise e Disseminação da pesquisa.
Geografia das empresas empregadoras no País
Cerca de metade das novas empresas empregadoras em 2022 estão na região Sudeste, sendo o Norte a de menor número.
Quanto aos Estados brasileiros, São Paulo liderou o ranking de maior criação de empresas empregadoras (24,8%). Depois, Minas Gerais (11,1%) e Paraná (7,7%). Em contraste, Acre, Amapá e Roraima, todas com 0,3%, foram os Estados com menor criação de novas empresas.
Destaque para nascimento de empresas de pequeno porte
As empresas de pequeno porte se destacam pelo maior número de nascimentos. Afinal, elas abrangem 92,7% do total das empresas nascidas em 2022. Isso mostra um grande predomínio frente às outras empresas maiores. Essas empresas são caracterizadas por terem menos de dez pessoas assalariadas.
Mortes de empresas empregadoras
A morte de empresas é caracterizada pelo encerramento de suas atividades, interrupção de atividades por dois anos ou perda dos funcionários – mesmo que elas constem como ativas no cadastro por pelo menos dois anos.
Por essa razão, a avaliação de morte de uma empresa empregadora deve considerar esse período de tempo. Consequentemente, o resultado da avaliação se refere sempre aos dois anos anteriores. Isso quer dizer que uma empresa que encerra suas atividades em 2020 somente será tida como morta em 2022.
Portanto, 210,7 mortes de empresas empregadoras no ano de 2020 ocorreram em 2022. Essas empresas possuíam cerca de 774 mil assalariados naquele ano.
A taxa de mortes de empresas empregadoras em 2020 foi de 9,0%, o menor percentual desde 2015. Das empresas nascidas em 2021, 79,6% sobreviveram ao primeiro ano de atividade.
As empresas que morreram em 2020 eram responsáveis por 2,4% do total de assalariados, segundo os dados divulgados pelo IBGE.