Nada como repousar a cabeça em um travesseiro fofo e cair no sono tranquilo, despreocupado e profundo. Assim acontece quando a vida transcorre sem sobressaltos. Um dos pilares para esse equilíbrio é ter as finanças em dia. Ou seja, planejamento. Mas, para isso, você precisa de educação financeira.
Muitas pessoas, no entanto, ainda não entendem conceitos básicos de finanças. Segundo o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), os principais desafios para a educação financeira no Brasil são:
- Falta de consciência. O brasileiro não reconhece a importância da educação financeira.
- Complexidade do assunto. A percepção da complexidade do mundo financeiro pode desencorajar o aprendizado.
- Mudança de comportamento. Mudar hábitos de comportamento é desafiador.
- Acesso a recursos de qualidade. Conteúdos de qualidade e efetivos são escassos.
- Cultura financeira. Hábito do brasileiro pensar que falar sobre dinheiro é um tabu.
Só que não precisa ser assim. A educação financeira é um processo de aprendizado contínuo. Qualquer um está apto para aprender a controlar gastos, economizar, investir e tomar decisões financeiras responsáveis. O primeiro passo é entender o próprio comportamento em relação ao dinheiro.
Um exercício básico para quem pretende tomar as rédeas das finanças é responder a um breve questionário com as seguintes questões:
- Você sabe quanto você gasta por mês?
- Você consegue guardar dinheiro?
- Quem termina primeiro: o mês ou o seu dinheiro?
- Você gasta dinheiro com o que não precisa?
- Comprar é um prazer ou uma obrigação?
- Se tivesse mais dinheiro, com o que gostaria de gastar?
Dependendo as respostas, você pode se enquadrar em um dos perfis abaixo:
- Endividado. Não tem controle das receitas (ganhos) e despesas (gastos). É consumista. Por isso, toma decisões com base nas emoções. Além do mais, costuma comprar parcelado.
- Zero a zero. Acaba o mês sempre empatado. Pois gasta tudo o que ganha. Não se incomoda com financiamentos, que são pagos corretamente. Contudo, não consegue guardar nada. É consumista e dependente do emprego. Por não estar preparado para emergências, pode se endividar.
- Poupador. Pensa no futuro. Assim, tem um controle rigoroso sobre ganhos e gastos. Tem medo de fazer dívidas, consegue guardar dinheiro economizando em tudo no dia a dia. Porém, não tem um planejamento financeiro.
- Investidor. Tem um controle rígido sobre ganhos e gastos. Assim, não compra tudo o que quer, mas o que pode ou precisa. Faz um ótimo planejamento financeiro para ter mais dinheiro para investir. Poupa e aplica o dinheiro para gerar renda.
Então, esse resultado dependerá da forma como a pessoa equilibra os ganhos (receitas) e os gastos (despesas) ao longo do mês. É do tipo endividado ou poupador? Não faz mal. Isso pode mudar a qualquer momento, desde que você estabeleça algumas regras no seu dia a dia.
Novos hábitos financeiros
A melhor forma de se tornar um investidor é começar a estabelecer objetivos de economia. Por exemplo: poupar dinheiro por um ano para comprar algo necessário à vista. Além disso, você pode destinar parte do que sobrou para uma poupança.
Você deve, sobretudo, aprender a calcular as suas operações. Hoje em dia, não tem mais desculpa para dizer que não sabe fazer conta: há vários sites e aplicativos que oferecem calculadoras de juros para facilitar a vida.
Ao colocar os números no papel, será mais fácil escolher os investimentos certos. Há muitas maneiras de obter renda: ativos reais, como imóveis ou abertura de negócios, ou aplicações financeiras, como renda fixa e renda variável.
Quer entender melhor essas opções? A Escola Virtual da Fundação Bradesco oferece o curso Educação Financeira.