Embora sejamos seres racionais, nem todas as nossas decisões são resultado de um processo lógico e consciente. Seja no trabalho ou na vida particular, erros sistemáticos de julgamento podem impactar nossa trajetória. Principalmente em situações de sobrecarga física ou psicológica.
Contudo, a manutenção do autoconhecimento pode ajudar. Ao entendermos melhor como o nosso cérebro processa, armazena e recupera as informações do entorno, a resposta aos desafios diários tende a se encaixar melhor aos objetivos. Mesmo em condições de estresse.
Por essa razão, o curso “Processo de Julgamento e Tomada de Decisões Responsáveis”, da Fundação Bradesco, apresenta alguns conceitos básicos de modelos de processamento cerebral. Aprenda a seguir alguns deles:
Percepções distorcidas
Nossas percepções podem estar distorcidas. A ilusão de ótica é bom exemplo de como podemos nos enganar. Portanto, conhecer a forma como nosso cérebro atua pode evitar distorções. Há basicamente dois processamentos básicos: o automático e o elaborado.
O primeiro reconhece as informações rapidamente, sendo usado na maioria das nossas ações no dia a dia, sem que percebamos, de forma intuitiva e emocional. Já o segundo exige que nossa mente pare para avaliar o que está diante de nós, sendo voluntário, lógico, consciente, assim como explícito.
Eles atuam juntos para detectar incoerências. Mas podem falhar.
Por que cometemos equívocos?
O sistema elaborado recruta memórias, analisa evidências e relaciona os dados que nosso cérebro armazena. Contudo, algumas vezes, as informações mais disponíveis na mente podem influenciar nossas decisões. É o chamado viés da disponibilidade.
Esse processo foi abordado de forma científica pelos psicólogos Amos Tversky e Daniel Kahneman (Nobel de Ciências Econômicas em 2022), em Availability: a heuristic for judging frequency and probability (Disponibilidade: uma heurística para julgar frequência e probabilidade, em tradução livre), de 1973.
Estado de vigilância
Não podemos deixar que a facilidade de acesso a informações de nossa memória nos conduza a conclusões erradas. Assim, devemos agir em estado de vigilância. Ou seja: precisamos sempre avaliar o impacto de uma ação.
Observar os possíveis riscos gerados por ela e refletir sobre os ganhos e perdas são procedimentos que devem regular o comportamento cotidiano. É isso que nos fará adquirir a habilidade de tomar decisões responsáveis.
Impulso x autodisciplina
O ideal é que, em casos de estresse, a pessoa adie ou evite tomar decisões. Assim, ela não vai agir por impulso, influenciada pelo viés da disponibilidade. Dessa forma, é possível recrutar o sistema elaborado para assumir o comando da situação.
Ao darmos mais valor para os nossos valores e objetivos a longo prazo, mais nos convencemos de que autocontrole, força de vontade, bem como resiliência para alcançar nossas metas são características que podem ser aprendidas e aprimoradas.
Dicas para evitar ações que sabotam nossas metas:
Perceba
Aceite
Reformule
Encare
Quer saber mais sobre este e outros assuntos? Acesse: Escola Virtual Fundação Bradesco.