Criptomoedas: o que são e para que servem?

Desde o surgimento do Bitcoin, diversas moedas digitais foram criadas

Redação FamiliarIdades
Criptomoedas não são emitidas ou controladas por um banco central ou governo. Foto: Getty Images.
Criptomoedas não são emitidas ou controladas por um banco central ou governo. Foto: Getty Images.

Todos sabem muito bem o que é o dinheiro em papel ou moeda, palpável e com lastro, seja em ouro ou dólar. E controlado por governos. Entretanto, há 16 anos, uma moeda que não existe no mundo físico foi criada no mundo digital. Era o surgimento das criptomoedas. 

Seu nome deriva do termo grego kruptós, ou cripta em português, em referência aos espaços subterrâneos para depositar os mortos, um local escondido ou secreto. A associação, exceto pelo lado fúnebre, faz sentido. Afinal, a criptomoeda é virtual e funciona como um meio de troca em transações na internet. 

Diferentemente das moedas tradicionais, as criptos operam de forma descentralizada. Ou seja: não são emitidas ou controladas por um banco central ou governo, mas por uma rede de colaboradores ao redor do mundo. 

Como funcionam as criptomoedas?

A primeira criptomoeda que surgiu foi o Bitcoin, em 2009. Mas, desde então, muitas outras, apelidadas de altcoins, já foram criadas. Por exemplo: Solana, Dogecoin, Avalanche, Ethereum e Litecoin. 

Elas podem ser usadas para comprar bens e serviços, ou como investimento, embora sejam altamente voláteis. No entanto, elas não são transportáveis no mundo físico, como o dinheiro palpável.

Isso funciona graças ao desenvolvimento da tecnologia de “blockchain”, um grande banco de dados criptografados compartilhados para registrar as transações dos usuários. Nenhuma alteração pode ser feita sem consenso dos membros da rede. 

Como são criadas as criptomoedas?

Em geral, as criptomoedas são criadas a partir de um processo chamado de mineração, realizado por mineradores. Eles têm a função de validar as transações dos usuários em troca de criptomoedas. Em outras palavras: para manter a rede funcionando, recebem recompensas. 

Dessa forma, os mineradores competem entre si na busca da solução de cálculos matemáticos complexos. Isso exige computadores robustos, com softwares adequados para processar as operações, além de uma carteira virtual (wallet) para guardar esses ativos. 

Quando um minerador “decifra um enigma”, esse resultado é apresentado e deve ser aprovado por todos os membros da rede. Então, após verificação da comunidade, essa transação é adicionada ao blockchain.

Vantagens e desvantagens

As criptomoedas são negociadas 24 horas por dia, sete dias por semana, sem associação com um país ou uma entidade específica. Por isso, têm cotação própria, já que não estão associados a políticas monetárias. Dessa forma, são extremamente voláteis, respondendo instantaneamente à lei da oferta e demanda. 

Isso significa que o preço de uma criptomoeda pode variar muito em uma questão de minutos, dependendo de fatores externos. Por exemplo: guerras, anúncio de indicadores da economia, conselhos de especialistas nas redes sociais, notícias sobre regulação, entre outros. 

Assim, embora possa oferecer grandes retornos, o investimento em criptomoedas é de alto risco em função da volatilidade e de sua natureza emergente. 

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