Num piscar de olhos: como o cérebro reage a mensagens curtas

Captamos uma sentença ou uma imagem com a mesma velocidade

Redação FamiliarIdades
Cérebro humano é capaz de captar a estrutura básica de uma sentença em uma velocidade comparável à forma como reconhece uma cena visual. Foto: Getty Images.
Cérebro humano é capaz de captar a estrutura básica de uma sentença em uma velocidade comparável à forma como reconhece uma cena visual. Foto: Getty Images.

Um estudo da Universidade de Nova York (NYU), nos Estados Unidos, revelou novos detalhes sobre como nosso cérebro consegue processar informações curtas e rápidas na internet. A pesquisa explorou a maneira como interpretamos mensagens ao escanear, rolar ou deslizar telas em ritmo acelerado.

Os pesquisadores descobriram que o cérebro humano é capaz de captar a estrutura básica de uma sentença em uma velocidade comparável à forma como reconhece uma cena visual. Esse processamento permite que as pessoas absorvam informações rapidamente. Isso é algo crucial no consumo diário de conteúdo digital em plataformas como redes sociais, e-mails, bem como sites de notícias.

“Nosso cérebro não apenas tem a capacidade de processar mensagens rápidas de forma instintiva, mas também de tomar decisões instantâneas com base nelas. Como decidir se deve manter ou deletar um e-mail ou como responder a uma breve atualização em uma rede social”, diz a professora Liina Pylkkänen, coautora de um artigo sobre a pesquisa publicado na Science.

Processamento da linguagem pelo cérebro

Segundo ela, os resultados mostram que a capacidade de processamento da linguagem pelo cérebro pode ser muito mais rápida do que imaginamos. Além disso, a interpretação imediata de uma mensagem com erro de concordância ou sentido, por exemplo, demonstra que captamos, em um único olhar, a estrutura básica de uma frase. 

“Isso sugere que o cérebro não apenas reconhece rapidamente a estrutura frasal. Mas também corrige automaticamente pequenos erros”, explica Jacqueline Fallon, que também participou da pesquisa. “Por essa razão leitores frequentemente não percebem erros menores: seus cérebros já os corrigiram internamente.”

Contribuições da pesquisa

Além de ampliar o conhecimento sobre como processamos informações, o trabalho pode ajudar a melhorar o design de interfaces digitais. Além disso, contribui com a apresentação de dados na internet, permitindo que usuários naveguem e entendam conteúdos de forma mais eficaz. 

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