Barulho em excesso pode prejudicar sua saúde

Sons altos ativam o sistema de resposta ao estresse do corpo

Redação FamiliarIdades
Se a exposição for constante e por muito tempo, o barulho e som alto estão associados a problemas graves, como hipertensão, infarto, AVC, ansiedade, depressão e até mesmo comprometimento cognitivo. Foto: Getty Images.
Se a exposição for constante e por muito tempo, o barulho e som alto estão associados a problemas graves, como hipertensão, infarto, AVC, ansiedade, depressão e até mesmo comprometimento cognitivo. Foto: Getty Images.

Barulho e som alto fazem parte da rotina de quem vive em grandes centros urbanos. A poluição sonora é constante e incômoda. Mas o excesso de ruídos pode ser algo ainda mais grave e causar sérios danos à saúde. Afinal, afeta desde a audição até o sistema cardiovascular e psicológico.

“Quando essas ondas sonoras entram nos ouvidos, fazem vibrar o tímpano, os ossos pequenos e as células do ouvido, desencadeando sinais elétricos que o cérebro interpreta como som. Mas, quando o som é extremamente alto ou frequente, pode prejudicar o corpo humano”, disse a otorrinolaringologista Nathália Prudencio, especialista em Otoneurologia, em entrevista ao Estadão.

Barulhos excessivos ativam o sistema de resposta ao estresse do corpo. Assim, resultam na liberação de hormônios como adrenalina e cortisol. Esses efeitos podem gerar irritabilidade, fadiga, assim como causar dificuldades para dormir a curto prazo. 

Se a exposição for constante e por muito tempo, o barulho e som alto estão associados a problemas graves, como hipertensão, infarto, AVC, ansiedade, depressão e até mesmo comprometimento cognitivo.

O impacto também atinge o sono. “Ruídos noturnos fragmentam a estrutura do sono, dificultam adormecer e reduzem a qualidade do descanso, o que agrava o risco de doenças metabólicas e cardiovasculares”, afirmou Prudencio.

E os fones de ouvido?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 1 bilhão de jovens e adultos entre 12 e 35 anos correm risco de perda auditiva por exposição prolongada a ruídos, como o uso excessivo de fones de ouvido. 

“O limite seguro para sons de 85 decibéis é de oito horas diárias. Já para 120 decibéis, não deve passar de 15 minutos”, orienta Prudencio.

Protetores auriculares, isolamento acústico e pausas em ambientes barulhentos são práticas recomendadas. Além disso, atividades relaxantes e contato com ambientes silenciosos podem ajudar a reduzir os efeitos negativos da poluição sonora.

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