O Brasil é o 10º país que mais desperdiça comida no mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). São mais de 27 milhões de toneladas descartadas anualmente. Contudo, o consumo consciente pode mudar esse cenário. O primeiro passo, na sua casa, é organizar a despensa de acordo com a validade dos alimentos. Assim, você evita que os itens estraguem.
Durante as compras, os consumidores devem ficar atentos à validade dos alimentos, ainda que tenham em mente estocar itens não perecíveis. Sabe aquela prateleira que existe em alguns mercados com promoções de produtos que estão para vencer? Faça o mesmo na sua casa. Separe um local para armazenar o que deve ser consumido imediatamente. Crie receitas da semana considerando isso.
Não compre mais do que vai consumir. É muito comum ficar tentado a levar mais do que o necessário quando determinado produto está em promoção. Existem hoje mercados especializados na venda de alimentos próximos do vencimento com preços muito atrativos. Mas, se optar por esse tipo de compra, analise se conseguirá consumir no tempo indicado na embalagem.
Sobre o prazo de validade dos alimentos
O prazo de validade é o tempo que uma comida permanece segura e adequada para consumo, desde que armazenada de acordo com as condições estabelecidas pelo fabricante. Alimentos vencidos podem oferecer riscos à saúde.
O Código de Defesa do Consumidor, pela Lei nº 8.078/1990, estabelece que a oferta e apresentação de produtos devem assegurar informações corretas, claras e precisas sobre os prazos de validade. Estes devem ser estabelecidos antes da comercialização e distribuição dos alimentos, conforme a Resolução CISA/MA/MS n. 10.
Para alimentos que exigem condições especiais de armazenamento e conservação, os rótulos das embalagens devem conter legendas indicando os cuidados necessários, como temperaturas (máxima e mínima) e umidade.
Essas regras não se aplicam aos vegetais frescos embalados. Contudo, os estabelecimentos comerciais continuam obrigados a vender apenas hortifrutis que atendam aos requisitos mínimos de identidade e qualidade, como explica matéria publicada no site do governo federal.
O produto deve:
- Permanecer seguro: não causar infecções e intoxicações alimentares devido a microrganismos patogênicos ou à produção de toxinas (bacterianas ou fúngicas) durante o armazenamento;
- Manter suas características: não apresentar perda significativa de nenhum nutriente ou componente, considerando os requisitos de composição, e atender às regras de rotulagem e tolerância definidas na legislação,
- Manter sua qualidade sensorial: não se deteriorar, o que o torna inapropriado para consumo.