O orçamento pessoal ou familiar é uma ferramenta poderosa para determinar a estabilidade financeira e ficar longe de endividamentos. E elaborar essa ferramenta é mais fácil do que pode parecer.
Por que criar um orçamento pessoal ou familiar
Seu uso permite fazer um planejamento eficaz, pois assim podemos estabelecer metas e visualizar os desafios a superar.
Também nos mantém conectados com nossa realidade financeira, além de nos disciplinar quanto aos gastos que fazemos.
Benefícios do orçamento pessoal ou familiar
Segundo artigo do site do Banco Central do Brasil “Como eu faço um orçamento pessoal ou familiar”, o uso do orçamento financeiro permite:
- Conhecer sua real situação financeira. É o primeiro passo para reconhecer as dificuldades atuais. A falta de reconhecimento só agrava a situação.
- Planejar sua vida futura. Permite fazer projetos para transformar seus sonhos em realidade.
- Definir e redefinir prioridades. Com essa atitude, você e sua família verão mais claramente o que é realmente mais importante.
- Identificar e entender os gastos. Seus hábitos de consumo e os de sua família devem ser identificados e entendidos. Dessa forma, você visualiza como o dinheiro é gasto.
- Organizar sua vida financeira e patrimonial.
- Administrar imprevistos. Ajuda a lidar com situações difíceis que acontecem fora do que foi planejado por você.
- Consumir de forma contínua. O consumo habitual não é interrompido por falta de recursos.
Como elaborar um orçamento pessoal ou familiar?
O bom planejamento financeiro exige a organização de todas as receitas, despesas e investimentos que fazemos.
Lembrar de envolver todos os membros da família no planejamento e estabelecer metas e desafios comuns é fundamental nesse processo. Portanto, considere os hábitos financeiros de cada um ao projetar o orçamento familiar.
Segundo o BC, bastam 4 passos para construir a planilha:
- Anotar receitas e despesas. Em uma tabela, reserve espaço para receitas e despesas. Comece a anotar tudo o que você e/ou sua família recebe, e tudo o que gasta.
- Agrupar as receitas e despesas. Para isso, divida os dois itens anteriores em grupos. Por exemplo: divida o item despesas em quantia gasta, meio de pagamento (cheque, dinheiro, cartões ou outros) e onde gastou (padaria, mercado, restaurante, contas pagas, aluguel, luz e muitos outros). Anote diariamente os gastos e transforme isso em um hábito.
Entenda que, ao longo de um mês, você pode obter várias receitas como um salário, recebimento de aluguel, a devolução de um dinheiro emprestado ao amigo. Da mesma forma, você consome vários produtos e serviços como água, luz, aluguel, roupas, supermercado, padaria, gasolina, prestações entre muitos outros.
Dividir as despesas em categorias também é aconselhável. Como, por exemplo, dividir o item de habitação, em categorias de luz, gás, aluguel e outros. Outras podem ser: alimentação, saúde, educação, transporte, vestuário, laser, financeiro.
Assim, você poderá saber de onde veio e para onde foi o seu dinheiro.
- Analisar a situação. Com os dados já organizados, chega a hora de analisar e refletir sobre eles. Seus rendimentos são suficientes para cobrir as despesas? Caso não sejam, você pode procurar aumentar as receitas, diminuir as despesas, ou ambos.
Essa reflexão informa a situação financeira real e dá condição de decidir o quanto deve ganhar ou gastar. O ideal é sempre ganhar mais do que você gasta. Para isso, você pode procurar modificar alguns hábitos e reavaliar algumas metas.
- Planejar o próximo mês. Você já registrou e analisou seus dados. O que falta agora? Você já pode estimar (calcular) quanto e como quer usar o dinheiro do próximo mês. Faça um orçamento para o próximo mês da mesma maneira que fez para os meses anteriores. Isso atribui a você uma estimativa mais realista para se manter em dia com as finanças ou até mesmo economizar para realizar alguns desejos.
É comum extrapolar as estimativas quando você começa a fazer seu orçamento. Em geral, a maioria das pessoas passa a ter condições de estimar gastos com mais precisão após três ou quatro meses.
Procure estabelecer receitas maiores que as despesas para usufruir do saldo positivo. Em caso de orçamento familiar, é indispensável que todos colaborem. Então, converse com seus familiares e trace planos em comum, para que todos sejam responsáveis em cumprir o orçamento definido.
