
As nossas unhas podem funcionar como uma espécie de espelho da saúde. De acordo com especialistas, alterações na aparência e no crescimento podem ser reflexo não apenas do avanço da idade, mas também possíveis problemas no corpo.
“As unhas das mãos podem ser um reflexo direto da nossa idade”, afirma a dermatologista Shari Lipner, da Weill Cornell Medicine, à revista Fortune, em reportagem publicada pelo Estadão.
Com o tempo, elas tendem a ficar mais finas, fracas, com sulcos e menos brilho. Além disso, o crescimento desacelera, chegando a reduzir até 50% ao longo da vida. Essas mudanças estão ligadas à diminuição da circulação sanguínea e da produção de queratina, proteína essencial para o fortalecimento das unhas e dos cabelos.
Ainda que não haja uma forma prática de medir o envelhecimento pelas unhas, é possível adotar cuidados que ajudam a mantê-las saudáveis. Uma alimentação rica em proteínas, ferro, biotina e ômega-3, além de boa hidratação, são fundamentais. Também é importante evitar o uso excessivo de acetona, a exposição intensa aos raios UV e o lixamento em excesso.
Sobre suplementos como a biotina, os médicos recomendam cautela: só devem ser usados com orientação médica, já que a eficácia é limitada em pessoas sem deficiência da vitamina. Além do mais, suplementos podem interagir com outros medicamentos ou atuar de forma negativa no caso de certas condições de saúde.
Atenção
Contudo, nem toda mudança é normal. O dermatologista Danilo Del Campo alerta que alterações repentinas, como unhas esbranquiçadas, descoladas, com listras escuras ou deformações podem sinalizar doenças como osteoporose, anemia, problemas cardíacos, hepáticos ou até câncer de pulmão. Por isso, qualquer alteração persistente deve ser avaliada por um dermatologista. Em caso de dúvidas, procure sempre um profissional de saúde.